Irão e EUA cada vez mais próximos?

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A reabertura da embaixada britânica em Teerão levanta especulações de que as relações entre os Estados Unidos da América e o Irão sejam retomadas, em

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A reabertura da embaixada britânica em Teerão levanta especulações de que as relações entre os Estados Unidos da América e o Irão sejam retomadas, em breve, 36 anos após a rotura.

Durante a visita ao país, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Philip Hammond, disse esperar que as sanções económicas impostas ao Irão comecem a ser levantadas já na primavera.

Esta é considerada como uma condição para que o diálogo entre Teerão e Washington tenha êxito.

Alguns analistas iranianos continuam céticos…

“Eles têm de compreender que o Irão é um país independente e que a população elegeu os seus líderes e que são eles que vão decidir a política estrangeira do Irão. Essa política nem sempre estará em linha com os Estados Unidos”, afirma o analista iraniano Foad Izadi.

Num sinal de que as diferenças políticas vão continuar a representar um ponto de discórdia, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, revelou, recentemente, novas armas.

A iniciativa pode ser entendida como uma violação da resolução da ONU de 20 de julho, depois do acordo sobre o programa nuclear, onde se estipula que o Irão não deve continuar com um programa de mísseis.

Os conservadores, tanto iranianos como norte-americanos, são o principal obstáculo ao retomar das relações entre Teerão e Washington.

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mike Huckabee, numa visita recente a Israel, condenou o acordo sobre o programa nuclear iraniano. Um ponto de vista partilhado pela maioria dos republicanos.

“Vou tornar claro, desde o início da minha presidência, que este acordo é inaceitável, para um futuro pacífico não só para os Estados Unidos e Israel mas para todo o mundo”, assegura Huckabee.

A luta contra o grupo Estado Islâmico em locais como o Iraque forçou as duas nações a aliarem-se mas o sentimento antiamericano permanece forte na República Islâmica…

“Seria ingénuo pensar que o grande Satã mudou. A América é o grande Satã e as suas hostilidades contra nós continuam. A América é inimiga do Islão”, afirma o líder espiritual Mohammad Ali Movahedi Kermani.

O Irão está determinado a abrir-se ao Ocidente tanto por interesses comerciais como geopolíticos.

Esta abertura encontra, ainda, grandes obstáculos tanto em Teerão como em Washington. O Congresso norte-americano deve pronunciar-se, em setembro, sobre o acordo relativo ao programa nuclear iraniano.

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