Depois de falar com refugiados e voluntários no conturbado centro de acolhimento de Heidenau, na Alemanha, Angela Merkel levou a questão a uma
Depois de falar com refugiados e voluntários no conturbado centro de acolhimento de Heidenau, na Alemanha, Angela Merkel levou a questão a uma cimeira política. Num dia em que os austríacos fizeram uma descoberta macabra no interior de um camião frigorífico, o chefe do governo da Áustria acolheu a chanceler alemã em Viena e os líderes políticos dos países dos Balcãs, no centro do fenómeno da migração.
Nas palavras de Merkel, “há mais refugiados no mundo agora do que após a Segunda Guerra Mundial. A Europa conseguiu promover uma convivência pacífica entre povos e tornou irreversível o processo de paz nos países dos Balcãs Ocidentais. Agora é um dever garantir que essa paz volta a ser uma realidade na região. É preciso contrariar a nossa própria história. É importante ajudar as pessoas cuja vida se encontra ameaçada e dar-lhes proteção.”
De acordo com Federica Mogherini, a responsável diplomática da União Europeia, a Europa não pode continuar a responder à morte de migrantes com simples “minutos de silêncio”. Merkel está determinada em liderar o mote da solidariedade: a Alemanha deverá acolher, em 2015, um total de 800 mil refugiados.