Hungria, um muro que não chega para conter uma crise

Hungria, um muro que não chega para conter uma crise
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A vedação que o governo húngaro decidiu construir na fronteira com a Sérvia deve de estender-se ao longo de 175 quilómetros. A primeira fase, a

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A vedação que o governo húngaro decidiu construir na fronteira com a Sérvia deve de estender-se ao longo de 175 quilómetros. A primeira fase, a construção da vedação baixa, deve de estar concluída na próxima segunda-feira. A segunda fase, a construção da vedação alta, estará concluída em finais de novembro.

O objectivo do governo é tentar evitar que os refugiados continuem a atravessar a Hungria.

A vedação, para já, parece não ser o suficiente para lhes barrar o caminho. Procuram um ponto onde o exército não consegue colocar uma vedação, por exemplo uma linha de comboio.

Um jovem afegão explica a razão pela qual a vedação não é suficiente para o deter:

“O meu pai foi brutalmente assassinado. No Afeganistão não olham por tí, não há respeito pela humanidade. Lá matam a troco de nada. Se tiveres algo que queiram, matam-te. Eles são teus inimigos a troco de nada. De fato, eles não respeitam o ser humano.” A polícia aguarda pelos refugiados e reúne-os.

Mas registar tantas pessoas pode demorar muito tempo, especialmente quando se atingem números recorde de refugiados.

Em consequência, na quarta-feira, para controlar um tumulto, a polícia disparou gás lacrimogéneo sobre 200 refugiados.

No seguimento, as autoridades húngaras decidiram enviar mais 2100 agentes para as fronteiras.

Para a vice-presidente da representação Comité de Helsínquia na Hungria, Márta Pardavi, a ajuda prestada pelas organizações não governamentais e pelos voluntários, é essencial para estes refugiados.

“Se não existissem voluntários para ajudar estas pessoas com um mínimo de comida, bebida e informação, acho que aqueles que procuram asilo não saberiam o que fazer, o que esperar, o que lhes poderia acontecer.” Apesar de muitos usarem a Hungria como ponto de passagem, o país, membro da União Europeia, já recebeu 120 mil pedidos de asilo este ano, mais do dobro de 2014, e muito superior aos 2.000 pedidos de 2012.

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