Continuam os protestos no Líbano. Este fim de semana estão previstas mais manifestações contra o governo e a corrupção da classe política. Depois da
Continuam os protestos no Líbano. Este fim de semana estão previstas mais manifestações contra o governo e a corrupção da classe política.
Depois da violência policial contra os manifestantes nas manifestações do fim de semana passado, em Beirute, o ministro do Interior, Nohad Mashnouk, diz ter dado ordens para que os excessos não se repitam.
A campanha “Vocês cheiram mal” começou como expressão do descontentamento geral face à incapacidade do governo em organizar a recolha do lixo, que se acumula nas ruas das cidades libanesas depois de meados de julho.
A ira dos manifestantes voltou-se rapidamente contra a classe política, acusada de cuidar apenas dos seus interesses particulares, incapaz de assegurar os serviços básicos.
Depois de, no sábado e domingo passados, milhares de pessoas terem saído às ruas da capital para protestar e exigir a queda do governo, este sábado os manifestantes pretendem exigir a convocação de eleições legislativas antecipadas. Na página do movimento no Facebook, a palavra de ordem é agora “continuamos”.
Os protestos fazem eco do sentimento de indignação da população contra a corrupção generalizada da classe política e a ineficiência crónica do Estado e das instituições políticas.
#Liban Crise des ordures : heurts entre manifestants et policiers, au moins 16 blessés http://t.co/5VCnrMA0un#AFPpic.twitter.com/pfoHE0rG1o
— Agence France-Presse (@afpfr) 23 Août 2015
Após as últimas eleições de 2009, o parlamento libanês prolongou por duas vezes o seu mandato e os deputados não conseguiram eleger um chefe de Estado, um impasse que dura desde maio de 2014.
Passados mais de 25 anos depois da guerra civil de1975-1990, os serviços públicos não funcionam e a eletricidade e a água continuam a ser racionadas.