Três décadas depois de o pai ter emigrado para o Irão, a fugir da guerra no Afeganistão, Abdullah Bakhshi tenta entrar na Europa. Este migrante de 24
Três décadas depois de o pai ter emigrado para o Irão, a fugir da guerra no Afeganistão, Abdullah Bakhshi tenta entrar na Europa.
Este migrante de 24 anos faz parte dos milhares que, nos últimos meses, tentam chegar ao velho continente ou a fugir da guerra ou com a esperança de uma vida melhor.
Bakhshi está há uns dias na Grécia e pretende seguir para a Alemanha. “Desejo que a minha família se junte a mim na Alemanha. Porquê a Alemanha? Porque acredito que, na Europa, a Alemanha é o melhor país”, afirma.
O pai de Abdullah, Mohammad, faz parte dos dois milhões de refugiados afegãos que desde os anos 80, do século passado, vivem no Irão.
“Trabalho de sol a sol para sustentar os filhos. Deus sabe o sofrimento que temos passado aqui”,desabafa o patriarca.
Uma das irmãs de Abdullah, Leila, está a acabar um mestrado e não pretende, para já partir, mas como não tem autorização para trabalhar no Irão, sabe que não vai conseguir encontrar emprego…
“Vou acabar o mestrado, em alguns meses, e sei que não vou conseguir emprego no Irão pois não tenho licença para trabalhar. Não posso voltar para o Afeganistão pois para uma mulher como eu, a estudar engenharia civil, não há lugar no Afeganistão nem para trabalhar, nem para estudar nem para viver”, confirma a jovem.
Abdullah Bakhshi permanece na ilha de Lesbos à espera de permissão para partir para a Alemanha.
Cabe ao governo germânico decidir se classifica este migrante como refugiado ou como imigrante que tenta entrar, ilegalmente, na Europa.