República Checa, Eslováquia, Polónia e Hungria defendem "solidariedade" mas sem obrigatoriedade
Os países da Europa de Leste mantêm a recusa de um sistema de quotas para a distribuição de imigrantes entre os países da União Europeia.
Com a Hungria confrontada a uma vaga de imigração sem precedentes, o grupo de Visegrado organizou uma reunião de urgência.
Os líderes da República Checa, Eslováquia, Polónia e Hungria estão de acordo entre si.
“O que deixámos registado na declaração de hoje é que apoiamos a solidariedade, demonstramos solidariedade, estamos dispostos a participar dentro de um espírito de solidariedade e na base do voluntariado, mas recusamos qualquer sistema de quotas que introduza qualquer tipo de mecanismo ou de medidas obrigatórias”, afirmou Bohuslav Sobotka.
Os quatro líderes, em geral, e Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro, em particular manifestaram apego à liberdade de circulação no seio do Espaço Schengen, ao mesmo tempo que reafirmaram a necessidade de proteger as fronteiras externas – e isto, a bem, dizem, da segurança dos cidadãos comunitários.
A Hungria é um dos países que tem recebido mais imigrantes. Só na quinta-feira entraram mais três mil pessoas no país. A maioria tem como objetivo a Alemanha. Mas o primeiro-ministro recusa deixá-los sair do país sem vistos.
A situação pode desbloquear-se em breve: a República Checa e Eslováquia aceitam abrir um corredor ferroviário, se a Hungria e a Alemanha chegarem a acordo.
A declaração conjunta agora assinada, deverá ser apresentada na Cimeira Europeia extraordinária, agendada para o próximo dia 14 de setembro.
O texto completo da Declaração – en inglês – pode ser consultado via este tweet de Tomas Prouza, secretário de Estado checo para os Assuntos Europeus:
The full text of the Joint Statement of the Heads of the #V4http://t.co/zkJqjCLuuT … … #CZV4PRESpic.twitter.com/5igTvVTBkd
— Tomas Prouza (@CZSecStateEU) September 4, 2015