Cerca de 500 migrantes continuam a recusar que os levem para o campo de refugiados da povoação húngara de Bicske, a quarenta quilómetros de
Cerca de 500 migrantes continuam a recusar que os levem para o campo de refugiados da povoação húngara de Bicske, a quarenta quilómetros de Budapeste, exigindo prosseguir viagem rumo à Alemanha.
Os clandestinos contavam chegar à fronteira austríaca e não querem abandonar o comboio.
As autoridades explicam que a Hungria se limita a aplicar as regras da Convenção de Dublin, que obriga os refugiados a registar-se no país de entrada na União Europeia, mas os clandestinos ocupam as carruagens ou tentam escapar à polícia.
A situação é semelhante em Nagyszentjanos, próximo da fronteira, onde uma trintena de migrantes recusa ser levada pela polícia para a cidade de Gyor, onde deveriam ser registados.
Uma mulher síria explica que decidiram iniciar uma greve de fome:
“Estamos aqui há cinco ou seis horas à espera, sem comer nem beber. Querem dar-nos água e fruta, mas recusamos. Não deixaram este homem ir à casa de banho e ele está doente.”
De acordo com as autoridades húngaras, cerca de dois mil migrantes permanecem junto à estação de Budapest-Keleti.
O presidente do Conselho Europeu apelou aos Estados-membros da UE para acolherem pelo menos 100 mil refugiados.
Defendeu também o aumento da ajuda financeira aos países vizinhos da União Europeia que estão na rota migratória, reforço das fronteiras e criação de centros de acolhimento de refugiados junto das fronteiras externas da União Europeia.
A Comissão Europeia deverá apresentar na próxima semana novas propostas de ação para responder ao afluxo de migrantes.