O protesto, que junta, esta segunda-feira, milhares de produtores de leite e agricultores de vários Estados-membros, incluindo Portugal, em Bruxelas
O protesto, que junta, esta segunda-feira, milhares de produtores de leite e agricultores de vários Estados-membros, incluindo Portugal, em Bruxelas, prossegue ao som de petardos.
Em dia de reunião dos ministros da Agricultura dos 28 para discutir a situação de mercados como o do leite e da carne de porco, alerta-se para a necessidade urgente de mais apoio.
Os produtores de leite dinamarqueses falam em risco de falência, em linha com as denúncias de produtores da Lituânia. A é situação transversal a vários Estados-membros.
Nesta fase, e contrariando as exigências de muitos produtores de leite, há uma solução que está descartada, como explica o porta-voz da Comissão Europeia, Daniel Rosário: “É importante recordar que o comissário da Agricultura referiu, em conferência de imprensa, há cerca de duas semanas, que o sistema de quotas leiteiras está fora de questão.”
Ingrid Janssen, de uma associação belga ligada à suinicultura, junta-se ao coro de críticas: “Queremos igualdade de condições e isso tem de ser feito ao mesmo nível em cada Estado-membro da União Europeia. Na Holanda, existem custos mais altos quando comparados com os nossos colegas europeus. É por essa razão que estamos aqui.”
O fim das quotas de produção de leite e o embargo da Rússia a produtos da União Europeia agravam a crise. Espera-se que a Comissão apresente um pacote de propostas para combater os desequilíbrios atuais.