Cada vez mais vozes - incluindo no Ocidente - se elevam para dizer que é preciso discutir com Bashar Al-Assad
Cada vez mais vozes se elevam para dizer que é preciso discutir com Bashar Al-Assad, se se quer pôr fim à guerra na Síria, ao Estado Islâmico e à crise de refugiados que atinge a Europa.
Vozes que começam mesmo a ouvir-se no Ocidente. Na visita do presidente austríaco, Heinz Fischer, a Teerão – a primeira de um chefe de Estado ocidental ao Irão em mais de uma década – o chefe da diplomacia de Viena, Sebastian Kurz, defendeu discussões que envolvam os aliados, Bashar Al-Assad mas também a Rússia e o próprio Irão.
“O Irão sentar-se-á à mesa se considerar que as negociações podem resultar num futuro seguro, estável e democrático para a Síria. Estamos prontos para falar com todas as partes, com os países da região e de fora dela”, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rouhani.
Do lado russo, o tom é ligeiramente mais acusador. Na crise dos refugiados, o chefe da Diplomacia, Sergei Lavrov aponta o dedo à Europa: “De qualquer forma, é justo que os países que participaram no desencadear dos conflitos assumam a responsabilidade e forneçam ajuda humanitária às vítimas desses mesmos conflitos.”
Outrora visto como um ditador sanguinário, o presidente sírio começa agora a surgir como um parceiro incontornável na busca de soluções para uma crise que já fez 250.000 mortos e 11.000.000 de deslocados e refugiados.