Poroshenko faz marcha-atrás e retira jornalistas da lista de pessoas sancionadas

Poroshenko faz marcha-atrás e retira jornalistas da lista de pessoas sancionadas
Direitos de autor 
De  Dulce Dias com Maria Korenyuk, correspondente da euronews em Kiev; AFP; Reuters
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O conselho ucraniano de segurança nacional retirou, para já, o nome de seis jornalistas da lista

PUBLICIDADE

Petro Poroshenko faz marcha atrás, após a nova lista de sanções adotada, esta quarta-feira, contra a Rússia e que visam, segundo o presidente ucraniano, pessoas implicadas na anexação da Crimeia e no conflito no Leste.

Entre as pessoas visadas pelas sanções, vários jornalistas internacionais, incluindo alguns da BBC.

Esta manhã, perante Judith Gough, embaixadora britânica em Kiev, e após uma chuva de críticas a nível internacional, Petro Poroshenko admite mudar de rumo.

#Ukraine done what #Putin never has: banned #BBC from reporting. Time for poroshenko</a>&#39;s champions in UK & US to stand up for <a href="https://twitter.com/hashtag/pressfreedom?src=hash">#pressfreedom</a>.</p>&mdash; Jon Williams (WilliamsJon) 16 Septembre 2015

La grande démocratie ukrainienne soutenu par l'occident banni les journalistes de la #BBC parce qu'une menace http://t.co/31Pe6ZYgGl

— Fred Page (@heinconnu666) 17 Septembre 2015

“Vou dar imediatamente ordens para que a situação seja revista. Eu, enquanto presidente da Ucrânia, bato-me pela liberdade de imprensa”, garantiu Poroshenko.

Dito e feito: o conselho ucraniano de segurança nacional retirou, para já, o nome de seis jornalistas da lista: os três da BBC, um alemão e dois espanhóis.

Ao abrigo das novas sanções, os 41 jornalistas faziam parte de uma lista de 388 pessoas interditadas de território ucraniano, entre as quais, observadores internacionais que monitoraram as eleições separatistas nas regiões do Leste e da Crimeia.

Mais de uma centena de empresas são igualmente visadas pelas represálias. Entre elas, inúmeras companhias aéreas, muitas das quais efetuam ligações entre a Crimeia e as regiões do Leste e Kiev.

O analista político Volodymyr Fesenko percebe que, na ótica de Kiev, essas transportadoras aéreas sejam interditadas, mas pô-las numa lista não basta: “As autoridades deviam agora explicar às pessoas que compraram os bilhetes o que fazer e a partir de quando é que os voos vão ser cancelados e quem é que as vai reembolsar.”

O governo de Kiev visa, assim, sancionar as eleições autonómicas de novembro último, no leste do país, em violação do Acordo de Minsk e não reconhecidas internacionalmente.

Maria Korenyuk, correspondente da euronews em Kiev, acrescenta: “As sanções agora impostas pela Ucrânia têm uma duração de um ano. Além disso, Petro Poroshenko apelou aos seus homólogos europeus para que prologuem as sanções instauradas contra a Rússia após as eleições não reconhecidas da região de Donbas.”

A lista completa das pessoas e empresas agora sancionadas por Kiev pode ser consultada aqui (página escrita em cirílico).

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pelo menos 13 mortos e 61 feridos em ataque russo à cidade ucraniana de Chernihiv

Aos 79 anos, Olga despede-se da sua casa destruída por um ataque aéreo russo

Rússia mantém vaga de bombardeamentos sobre leste da Ucrânia