Papa em Cuba: Entre o sagrado e o revolucionário

Depois de Havana, o Papa Francisco visitou o berço dos irmãos Castro, Holguín, no leste de Cuba.
Numa altura em que as relações diplomáticas com os Estados Unidos foram restabelecidas, mas o embargo ainda persiste, esta visita do Sumo Pontífice é vista como uma ajuda à aproximação entre os dois países até porque, depois de Cuba, Francisco parte para os Estados Unidos.
A missa foi presenciada por
cerca de 150.000 pessoas. O imaginário religioso misturou-se com o revolucionário, com imagens de Cristo e da Virgem entre citações de José Martí. Sem nunca criticar diretamente o castrismo, o Papa disse que os cubanos devem servir-se uns aos outros, e não uma ideologia.
A multidão deve repetir-se em Santiago de Cuba, última etapa antes da partida para Washington.
Por detrás dos grupos de defesa dos direitos humanos em Cuba revelaram uma faceta mais obscura desta visita papal: A detenção, prisão domiciliária ou vigilância reforçada de pelo menos cem opositores do regime.
O Papa esteve ainda com Fidel Castro. Os dois homens trocaram livros e ideias sobre temas como o meio ambiente e a economia mundial.
Pope Francis and Fidel Castro have 'relaxed and friendly' meeting in Cuba http://t.co/jfFhMy7tVn
— The Independent (@Independent) September 21, 2015
Pope meets Fidel Castro, warns against ideology on Cuba trip: http://t.co/2ybAElLgIQpic.twitter.com/GBzLK1r6hK
— Reuters Top News (@Reuters) September 21, 2015