Papa em Cuba: Entre o sagrado e o revolucionário

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De  Ricardo Figueira  com REUTERS
Papa em Cuba: Entre o sagrado e o revolucionário

Depois de Havana, o Papa Francisco visitou o berço dos irmãos Castro, Holguín, no leste de Cuba.

Numa altura em que as relações diplomáticas com os Estados Unidos foram restabelecidas, mas o embargo ainda persiste, esta visita do Sumo Pontífice é vista como uma ajuda à aproximação entre os dois países até porque, depois de Cuba, Francisco parte para os Estados Unidos.

A missa foi presenciada por
cerca de 150.000 pessoas. O imaginário religioso misturou-se com o revolucionário, com imagens de Cristo e da Virgem entre citações de José Martí. Sem nunca criticar diretamente o castrismo, o Papa disse que os cubanos devem servir-se uns aos outros, e não uma ideologia.

A multidão deve repetir-se em Santiago de Cuba, última etapa antes da partida para Washington.

Por detrás dos grupos de defesa dos direitos humanos em Cuba revelaram uma faceta mais obscura desta visita papal: A detenção, prisão domiciliária ou vigilância reforçada de pelo menos cem opositores do regime.

O Papa esteve ainda com Fidel Castro. Os dois homens trocaram livros e ideias sobre temas como o meio ambiente e a economia mundial.