O primeiro-ministro francês deslocou-se ao Japão, numa operação de charme, para tentar resgatar o grupo nuclear francês Areva dos números vermelhos
O primeiro-ministro francês deslocou-se ao Japão, numa operação de charme, para tentar resgatar o grupo nuclear francês Areva dos números vermelhos.
Reunido com o seu homólogo, Shinzo Abe, o primeiro-ministro Manuel Valls anunciou a intenção de vender uma participação minoritária de uma subsidiária da empresa atómica ao grupo japonês Mitsubishi.
Uma oferta bem acolhida por Shinzo Abe,
“O Japão quer contribuir para a melhoria da segurança nuclear global ao partilhar experiências e lições com outros países sobre o que aconteceu durante o acidente nuclear de Fukushima”.
A possível parceria, negociada desde o início de setembro, ocorre num momento em que Abe tenta retomar a produção de energia nuclear, após o incidente de Fukushima e apesar dos protestos da população.
O plano de reestruturação da Areva, que registou perdas de 206 milhões de euros no primeiro semestre, prevê a venda de 51-75% da subsidiária Areva NP (construção de reatores) à elétrica francesa EDF.
O governo francês tenta agora vender uma parte minoritária da companhia a investidores asiáticos, quando se prepara para injetar mais dinheiro na empresa.
Em paralelo, o plano de reestruturação da Areva prevê igualmente a supressão de 6 mil postos de trabalho, mais de metade dos quais em França.