Refugiados na Hungria: Comunidades religiosas defendem integração

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Nos primeiros seis meses do ano, a Hungria recebeu 60 mil pedidos de asilo. O governo de Budapeste opôs-se à obrigatoridade das quotas de refugiados

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Nos primeiros seis meses do ano, a Hungria recebeu 60 mil pedidos de asilo. O governo de Budapeste opôs-se à obrigatoridade das quotas de refugiados e por isso, não se sabe quantos mais pode receber.
Grande parte chega de países muçulmanos. Com tradições e culturas religiosas muito diferentes das que encontram nesta porta de entrada para a Europa.
A comunidade muçulmana na Hungria não ultrapassa as 50 mil pessoas, entre Budapeste e outras grandes cidades. Os responsáveis por estas comunidades temem que a adaptação possa não ser muito fácil.
E por isso mesmo acreditam que podem ter um papel importante no acolhimento.

Zoltán Sulok, presidente de Organização de Muçulmanos na Hungria, acredita que “uma forma de integrar os refugiados muçulmanos é tratá-los corretamente. Este é um ponto muito importante. No que diz respeito à religião, o mais importante é que possam praticá-la corretamente, que não sejam impedidos de a praticar”.

Já o presidente da Federação da Comunidade Judáica, András Heisler, é mais optimista e garante que integração não deve ser difícil, de qualquer forma, este é um processo que requer um esforço tanto dos que chegam ao país, mas também dos que acolhem. Assim sendo, o objetivo é integrar e não “assimilar”. András Heisler lembra que “se analisarmos a História encontramos muitos exemplos de judeus e muçulmanos a viver juntos, em paz e harmonia. Por isso, acredito que não nos devemos assustar por termos de voltar a viver juntos”.

A euronews contactou os líderes da Igreja Católica, que não quiseram prestar declarações. De qualquer forma, em entrevistas a outros meios de comunicação, disseram que iam seguir as leis hungaras, mesmo em relação aos refugiados católicos.

Os líderes das comunidades judaica e muçulmana defendem que, mais importante que as religiões, é fundamental não esquecer que são seres humanos que fogem de conflitos no Iraque, Síria ou Afeganistão.

Zoltán Sulok garante que “muita gente na Europa, sobretudo na Europa Central e de Leste, esquece que se alguém vem, por exemplo, do Afeganistão, vem de uma zona de guerra. Os afegãos estão em guerra desde 1979. Há uma geração que vem para cá, que nunca viveu numa sociedade normal como a nossa”.

Andras Heisler sublinha que “não acredito que a religião nos deva assustar. Só devemos ter medo do terrorismo. E a responsabilidade dos governos europeus e da União Europeia é fazer um controlo dos terroristas que vêm com os refugiados e migrantes. O seu trabalho é minimizar o risco e o perigo”.

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