A Polónia inaugurou esta segunda-feira o terminal marítimo de gás de Swinoujscie, um passo importante rumo à independência energética face à Rússia
A Polónia inaugurou esta segunda-feira o terminal marítimo de gás de Swinoujscie, um passo importante rumo à independência energética face à Rússia.
O novo terminal terá uma capacidade inicial de 5 mil milhões de m3 de gás natural liquefeito (GNL) por ano, um terço do volume consumido pelo país.
Um sucesso estratégico, segundo a chefe do executivo Ewa Kopacz:
“Este é um momento histórico. A Polónia atingiu um objetivo estratégico muito importante.No próximo ano, quando estiver a funcionar em pleno, seremos inteiramente independentes de fornecimentos de gás do leste”.
O terminal de Swinoujscie representa um investimento de 720 milhões de euros e poderá atingir nos próximos anos uma capacidade de 7,5 mil milhões de m3.
Um terço do consumo atual de gás na Polónia provém dos seus recursos próprios, cerca de 40% da Rússia e 20% da Ásia central.
“A nossa independência permite-nos igualmente negociar os preços, frisou Ewa Kopacz, acrescentando que “este é o primeiro investimento do género na Polónia e nesta região da Europa”“.
Preocupada com a independência energética, a Polónia tem-se empenhado na modernização da sua rede de gás nos últimos anos, construindo centenas de quilómetros de gasodutos e importantes reservatórios subterrâneos de gás.
Em 2009 Varsóvia assinou com a Qatargas um contrato de fornecimento de gás ao terminal de Swinoujscie por 20 anos. O primeiro transporte de metano chegará do Qatar em meados de dezembro.
A decisão de construir este terminal foi tomada em 2006, sendo então previsto que estivesse finalizado em 2014, mas a construçâo, confiada à italiana Saipem (grupo ENI), atrasou-se.