Governador de Istambul bloqueia manifestações pelas vítimas do atentado em Ancara

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De  Francisco Marques com hurryet, Today's Zaman
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O governador de Istambul proibiu a realização de manifestações em memória dos cerca de 100 mortos no atentado de sábado passado em Ancara, na

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O governador de Istambul proibiu a realização de manifestações em memória dos cerca de 100 mortos no atentado de sábado passado em Ancara, na Turquia. O gabinete de Vasip Şahin justificou a decisão com a “sensibilidade do momento” e porque “os locais por onde a manifestação estava prevista decorrer eram zonas de uso frequente pelos cidadãos” nem estavam “entre os locais previstos na lei para realização de encontros e manifestações.”

A manifestação, em protesto contra o atentado de Ancara e em memória das vítimas, tinha sido marcada para a tarde desta terça-feira, em Istambul, por várias representações sindicais turcas, com diversos pontos de partida e um destino comum: a praça Beyazit.

Police intervene into protest against #AnkaraBombing in Istanbul http://t.co/3vPVn9FJd3pic.twitter.com/uD3yyCgFOp

— Hurriyet Daily News (@HDNER) 13 outubro 2015

(“Polícia intervém em Istambul diante de protesto contra os atentados de Ancara.”)

Seguindo as ordens do governador, a polícia bloqueou vários grupos de acederem às rotas delineadas para a manifestação, inclusive proibindo várias pessoas de embarcarem no “ferry” que liga, através do estreito do Bósforo, o lado asiático de Istambul à parte europeia. As autoridades alegavam que a manifestação para a qual se dirigiam era ilegal.

Um grupo com cerca de 1500 pessoas que pretendia iniciar o protesto na Universidade de Medicina de Cerrahpaşa foi impedido de sair dos jardins do estabelecimento de ensino. Os manifestantes encenaram um protesto no local, sentando-se no chão.

Thousands protest in Istanbul after deadly Ankara attack http://t.co/sLzy3VOc0ppic.twitter.com/ZwoByNXymA

— Agence France-Presse (@AFP) 10 outubro 2015

(“Milhares protestam em Ancara depois do atentado fatal em Ancara.”)

O colíder do HDP, o partido pró-curdo da oposição, esteve esta terça-feira em Istambul, de visita a família de uma das vítimas do atentado de sábado. Selahatin Demirtas criticou o governo por não respeitar o luto dos pessoas, em especial face À greve de dois dias decretada domingo pelos sindicatos que haviam promovido a manifestação pela paz que acabou por ser o alvo do atentado.

“As pessoas decidiram avançar para uma greve de dois dias e a polícia está carregar sobre os grevistas por todo o lado, obdecendo às ordens (do governo). Nem sequer se podem juntar três pessoas e manifestar-se. Só ele (o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu) pode manifestar-se. Nem sequer nos autorizam a realizarmos os nossos próprios funerais”, acusou Demirtas, para quem o número de vítimas mortais no atentado chega às 128, ao contrário dos 97 oficiais avançados pelo governo turco.

Maalesef, patlama sonrası polis katliam alanına gaz atıyor. Diyarbakır patlamasında da aynısı yapıldı. Neden peki ? https://t.co/OTNBsCbvFw

— Selahattin Demirtaş (@hdpdemirtas) 13 outubro 2015

(“Infelizemente, depois da explosão a polícia decidiu lançar gás lacrimogéneo sobre as pessoas. O mesmo aconteceu após a explosões em Diyarbakir. Porquê?”)

O chefe de Governo, por seu turno, deslocou-se a Ancara. Acompanhado pela mulher, Ahmet Davutoglu depositou flores no local das explosões, próximo da estação central de comboios da capital turca.

10 Ekim'de kaybettiğimiz vatandaşlarımızın anısına…

A photo posted by Ahmet Davutoğlu (@ahmet_davutoglu) on Oct 13, 2015 at 12:31am PDT

Não muito longe, na Universidade de Ancara, cerca de duas centenas de estudantes também se manifestavam em memória das vítimas do atentado. O próprio estabelecimento publicou pelas redes sociais (“tweet” em baixo) uma mensagem de condolências pela morte de um dos seus alunos no atentado de sábado.

DUYURU http://t.co/KJfqdUE62p

— Ankara Üniversitesi (@AnkaraUni) 12 outubro 2015

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