Ucrânia culpa diretamente a Rússia por desastre do voo MH17

Ucrânia culpa diretamente a Rússia por desastre do voo MH17
De  Ricardo Figueira com MARIA KORENYUK, AFP
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A Ucrãnia confirma ter criado uma zona de exclusão aérea, mas só até aos 7900 metros.

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A Ucrânia rejeita todas as culpas que possa ter na queda do voo MH17.

O responsável máximo do organismo de controlo aéreo do país confirmou que tinha sido criada uma zona de exclusão aérea na área afetada pelo conflito, mas essas restrições só se aplicavam até uma certa altitude: “Em 2014, o ministério da Defesa da Ucrânia tomou a decisão de impedir o tráfego aéreo até aos 7900 metros, para garantir a segurança da aviação civil nas zonas de operações antiterroristas. Na altura, ninguém podia imaginar que fosse possível usar um dispositivo potente como um míssil BUK contra um avião comercial”, disse Dmytro Babeichuk.

O governo reagiu através do vice-primeiro-ministro, Hennadiy Zubko: “O território de onde foi lançado o míssil estava sob controlo dos rebeldes apoiados pela Rússia. A arma que abateu o avião era uma arma russa. É impossível, para quem não está preparado para isso, lidar com uma arma dessas. A precisão foi enorme, o míssil atingiu o cockpit. Por isso acredito que foi um instrutor russo a disparar o míssil”.

Report by Dutch Safety Board @Onderzoeksraad on #MH17 Downing: http://t.co/fSqjDCQUdzpic.twitter.com/duHje2Tn6x

— MFA of Ukraine (@MFA_Ukraine) October 13, 2015

A Rússia rejeita estas acusações. O governo de Moscovo diz que tem sérias dúvidas sobre as conclusões do relatório holandês e diz-se surpreendido por nenhum perito ter ido à Rússia no âmbito destas investigações, segundo uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“As informações sobre as circunstâncias da queda do voo MH17 não surpreendem. São uma repetição do que já tinha sido anunciado antes. Se as investigações técnicas estão concluídas, falta concluir a investigação criminal. A resposta à pergunta sobre quem é responsável pelo acidente no Donbass não será conhecida antes do início do próximo ano. Nessa altura, deve ser apresentado na Holanda um relatório criminal elaborado por um grupo internacional de investigadores”, conclui a correspondente da euronews em Kiev, Maria Korenyuk.

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