O Irão deve exercer a sua influência sobre o regime de Assad para tentar encontrar uma saída política da crise na Síria. Esta foi uma das mensagens
O Irão deve exercer a sua influência sobre o regime de Assad para tentar encontrar uma saída política da crise na Síria. Esta foi uma das mensagens da primeira visita de um chefe da diplomacia alemã a Teerão em doze anos.
Frank-Walter Steinmeier desloca-se em seguida à Arábia Saudita, a outra grande potência regional influente entre os beligerantes que se batem na Síria.
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, um dos negociadores do acordo sobre o programa nuclear iraniano, evocou “a experiência do compromisso alcançado em Viena como uma base para a confiança mútua”. E recordou que, “apesar de se estar muito longe de qualquer resultado na Síria, é preciso fazer alguma coisa que produza um resultado para o sírios e para os povos vizinhos”.
A viagem de Steinmeier a Riade pode servir para aproximar posições entre duas capitais que apoiam forças opostas no tabuleiro político regional.
O teste de um míssil de longo alcance realizado recentemente pelo Irão também esteve em destaque durante a conferência de imprensa deste sábado. Os Estados Unidos denunciaram o teste na ONU como uma violação do acordo sobre o nuclear. Mas o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros disse que não foi uma violação uma vez que o tratado “proíbe mísseis com capacidade para ogivas nucleares e nenhum dos mísseis iranianos tem essa capacidade”.
“Ao começar a implementar o acordo sobre o programa nuclear, o Irão pode regressar a uma posição diplomática determinante. A visita de Steinmeier e o esforço para envolver Teerão na busca de uma solução para a crise no Médio Oriente é bem uma prova deste regresso” – conclui o correspondente da euronews em Teerão, Javad Montazeri.