Os egípcios regressaram às urnas no domingo para começar a votar para o novo parlamento. Mas a desilusão parece marcar um escrutínio que deverá ter
Os egípcios regressaram às urnas no domingo para começar a votar para o novo parlamento. Mas a desilusão parece marcar um escrutínio que deverá ter uma participação bastante reduzida. Muitos egípcios consideram estas eleições um plebiscito do presidente Abdel Fattah al-Sissi, o ex-militar que em 2013 derrubou Mohamed Mursi, dissolveu o parlamento e reprimiu ferozmente os apoiantes da Irmandade Muçulmana.
As opiniões parecem divergir consoante a idade dos eleitores.
“É um acontecimento bom, como em qualquer país. Não vamos estar sempre a pedir ajuda. Queremos reconstruir o país. Não queremos andar a bater às portas e a pedir dinheiro. Temos muita gente nova e as pessoas têm de trabalhar” – diz um idoso.
Metade dos 90 milhões de habitantes do país tem menos de 25 anos. Foram os mais jovens que saíram à rua em 2011. Agora encolhem os ombros.
“É claro que não vou votar. Nenhum destes candidatos me vai ajudar. De qualquer maneira o meu voto não vale nada” – afirma um jovem.
O parlamento tem 596 assentos. As eleições decorrem em duas fases. A primeira, que decorre em 14 regiões, continua esta segunda-feira. A segunda fase está agendada para novembro.