Trabalhadores da Air France e administração tentam evitar 2900 despedimentos

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De  Francisco Marques
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Milhares de trabalhadores da Air France manifestaram-se diante da Assembleia da República francesa, em Paris, esta quinta-feira, contra a decisão da

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Milhares de trabalhadores da Air France manifestaram-se diante da Assembleia da República francesa, em Paris, esta quinta-feira, contra a decisão da empresa em cortar pelo menos 1000 postos de trabalho durante o próximo ano. O protesto, de acordo com os sindicatos, juntou cerca de 7000 assalariados da maior companhia aérea francesa.

A manifestação decorreu para o dia da primeira reunião entre a administração da maior companhia aérea francesa e representantes dos trabalhadores depois da tentativa de agressão, a 5 de outubro, ao chefe dos Recursos Humanos da empresa e a outro executivo. Desta vez, não houve registos de atos violentos.

Rendez-vous le 22 à 13h devant AssembleeNat</a> place Édouard Herriot 75007 PARIS <a href="https://twitter.com/hashtag/cgtairfrance?src=hash">#cgtairfrance</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/CGT?src=hash">#CGT</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/AirFrance?src=hash">#AirFrance</a> <a href="http://t.co/PTtWw55XRX">pic.twitter.com/PTtWw55XRX</a></p>&mdash; CGT AIR FRANCE (CGTAIRFRANCE) 19 outubro 2015

Os despedimentos fazem parte de uma restruturação da Air France, que espera conseguir poupar, nos dois próximos anos, cerca de 1,8 milhões de euros. Do plano chegou a fazer parte uma nova onda de despedimentos, cerca de 1900, em 2017.

Para já, porém, esta segunda fase de dispensas foi suspensa, “na esperança de encontrar um entendimento com os pilotos e o pessoal de terra para melhorar a produtividade”, revelou Didier Fauverte, da Confederação Geral de Trabalho (CGT).

“Na hipótese de nos mantermos em negociações e seguirmos o plano A, as únicas dispensas que consideramos em 2016, e estas serão saídas voluntárias como sempre aconteceu, serão as de 1000 trabalhadores. Isto foi discutido com os parceiros sociais e este número foi confirmado”, afirmou Frederic Gagey, o presidente-executivo da Air France.

Os pilotos, por seu turno, apelam ao Governo. “Na vida, se não fizermos nada, se não estivermos alerta e não fizermos o que é da nossa responsabilidade, é seguro que nada acontece.
Por isso, sim, é preciso que o Governo decida se quer uma companhia que tenha peso no espaço aéreo mundial ou não”, afirmou o capitão Bruno Benoist-Lucy.

No decorrer da manifestação, foi entoada a música “Tomber la Chemise”, do grupo francês Zebda, que tem sido usada nos protestos dos trabalhadores da Air France desde o episódio de 5 de outubro, em que os executivos da empresa acabaram com a roupa rasgada e de tronco nu. Cinco pessoas foram detidas devido a esse ataque, vão ser presentes a tribunal a 2 de dezembro e durante o protesto desta quinta-feira receberam palavras de apoio.

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