O crescimento económico dos Estados unidos abrandou neste terceiro trimestre deste ano, na avaliação em linha estimada pelo Departamento de Comércio
O crescimento económico dos Estados unidos abrandou neste terceiro trimestre deste ano, na avaliação em linha estimada pelo Departamento de Comércio norte-americano, no relatório divulgado esta quinta-feira.
O Produto Interno Bruto (PIB) — o valor dos produtos e serviços produzidos pelo país tirando os custos de produção — da maior economia do mundo aumentou apenas 1,5 por cento neste terceiro trimestre face aos 3,9 por cento do trimestre anterior.
[ Primeira estimativa oficial da evolução do PIB nos Estados Unidos ]
Relatórios do Departamento do Comércio
A estimativa do terceiro trimestre divulgada esta quinta-feira baseia-se em informação incompleta ou sujeita a nova revisão. A segunda estimativa para o terceiro trimestre, baseada em informação mais completa, será revelada a 24 de novembro de 2015.
O abrandamento estimado reflete uma curva descendente no investimento privado e a desaceleração nas exportações, no investimento fixo não-residencial, nos gastos de concumo pessoal, nos gastos dos governos locais e estatais e no investimento fixo residencial, influenciado sobretudo pelo desacelerar das importações. Principal motor da maior economia do mundo, os consumidores reduziram os gastos na mesma avaliação em linha, mas, ainda assim, o consumo cresceu 3,2 por cento — uma queda de 0,4 por cento face ao trimestre anterior. O investimento em produtos duráveis como grandes eletrodomésticos ou carros manteve-se forte, a crescer 6,7 por cento.
Real GDP increased 1.5 percent in third quarter of 2015. For details read the full report. https://t.co/99JJi25hXQpic.twitter.com/Xcr8WJNh3L
— BEA News (@BEA_News) 29 outubro 2015
(“O PIB real cresceu 1,5 por cento no terceiro trimestre de 2015. Para mais detalhes, leia o relatório.”)
Apesar deste indicador, os novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentaram em 1.000 na semana concluída a 24 de outubro, face à semana anterior, e estão agora nos 260.000, informou o Departamento do Trabalho norte-americano.
Na semana anterior, os pedidos de subsídio de desemprego na maior economia do mundo fixaram-se em 259.000. De acordo com os analistas, o mercado de trabalho norte-americano “mantém-se robusto”, pelo que o indicador hoje divulgado “vai nesse sentido”.
[ Relatório semanal do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos ]
A Reserva Federal norte-americana referiu-se, quinta-feira, ao ritmo moderado da recuperação económica nos Estados Unidos quando decidiu manter a taxa de juro de referência em mínimos históricos. O comité de política monetária da Fed reconheceu que a criação de emprego abrandou, mas sublinhou o crescimento “sólido” dos gastos dos consumidores e dos investimentos das empresas.
No comunicado divulgado após uma reunião de dois dias, a Fed não fez qualquer referência à possibilidade de a situação económica e financeira global ter impacto no crescimento dos Estados Unidos, como havia feito em setembro. O banco central norte-americano prevê que em todo o ano de 2015 os Estados Unidos registem um crescimento de 2,1 por cento, depois dos 2,4 por cento de 2014. O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para 2,6 por cento.
Os mercados norte-americanos, por fim, abriram esta quinta-feira em baixa, afetados pelas notícias do abrandamento da economia. As bolsas em Nova começaram a a negociar no “vermelho”. Pelas 14h21, hora de Lisboa, o índice Dow Jones Industrial caía 0,22 por cento para 17.739,53 pontos, enquanto o Standard & Poor’s recuava 0,26 por cento para 2.084,84 pontos. O tecnológico Nasdaq, por sua vez, perdia 0,34 por cento para 5.078,38 pontos.