Turquia: AKP não deverá recuperar maioria segundo últimas sondagens

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Os partidos turcos encerraram a campanha eleitoral para as eleições antecipadas de domingo, quando as últimas sondagens apontam o mesmo resultado do

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Os partidos turcos encerraram a campanha eleitoral para as eleições antecipadas de domingo, quando as últimas sondagens apontam o mesmo resultado do sufrágio de junho.

Acusado de calar a oposição, depois do encerramento de dois jornais e duas televisões críticas, nos últimos dias, o partido do presidente e do primeiro-ministro, AKP, não deverá recuperar a maioria no parlamento, com 41% das intenções de voto.

O chefe do governo cesssante, Ahmet Davutoglu, viajou a Konya, no sul do país, para voltar a apelar a uma maioria:

“Vamos quebrar um recorde nas eleições? Vamos dar-lhes uma lição? Vamos ensinar os nacionalistas a dizer “sim”? Vamos fazer com que o CHP esqueça o “bloco da oposição”? Vamos dar uma lição ao HDP sobre terrorismo? Vamos?”.

Em Izmir, o líder do Partido Republicano do Povo, que conta com 27% das intenções de voto, apelou também a uma maioria de votos, para aumentar o peso negocial da formação nas negociações pós-eleitorais.

Frente a milhares de pessoas, o principal líder da oposição, Kemal Kilicdaroglu, afirmou:

“No dia 1 de Novembro vamos às urnas. Temos que ir. Temos que mudar o destino da Turquia. A Turquia não pode ser deixada nas mãos de políticos que só pensam nos seus próprios interesses”.

Já o partido pró-curdo HDP terminou a campanha com um apelo aos curdos a demonstrarem que, “são um elemento fundador do país”.

Com 13,8% de intenções de votos, a formação volta a ser a principal beneficiada da perda de popularidade do partido presidencial.
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Numa conferência de imprensa, Selahattin Demirtas, o líder da formação, recordou:

“Estamos numa encruzilhada. Ou a Turquia escolhe o caminho que leva a um sistema em que um só homem controla todo o poder e um regime opressivo e ditatorial, ou opta pela estrada da democracia, apesar das dificuldades, e das soluções democráticas para os nossos problemas”.

Ainda assim, os turcos vão votar no domingo sob a influência do seu presidente que, numa decisão inusitada, decidiu suspender a passagem para o horário de Inverno.

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