A decisão do presidente turco Recep Tayyip Erdogan de realizar este domingo eleições legislativas antecipadas é uma aposta arriscada para recuperar
A decisão do presidente turco Recep Tayyip Erdogan de realizar este domingo eleições legislativas antecipadas é uma aposta arriscada para recuperar poder.
Na esperança de atrair o voto nacionalista, Erdogan apresenta-se como o único capaz de manter a segurança no país depois do regresso da violência armada entre as forças do exército e os rebeldes curdos em julho.
O Partido Justiça e Desenvolvimento, islamista, (AKP), que perdeu em junho passado a maioria absoluta que vinha renovando desde 2002, e que agora dispõe de 258 cadeiras, precisa de mais 18 assentos para recuperar a maioria.
Outra de figura de proa, o atual primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu de 56 anos que ocupou durante treze anos no parlamento sofreu um sério revés em 7 de junho.
Na oposição os nacionalistas afirmar ser o “remédio para a Turquia doente.”
O líder nacionalista Devlet Bahçeli, que não hesita em dar este alerta, convencido de que a estratégia do governo de manter o país sob tensão o empurra para a ruína.
O presidente do Partido da Ação Nacionalista (MHP), de 67 anos, mistura retórica patriótica inflamada e críticas ao presidente Recep Tayyip Erdogan, convencido de que será ouvido num país extremamente polarizado pelo conflito curdo e treze anos de um governo islâmico-conservador.
Muitos analistas avançam que o país pode encontrar novo bloqueio político domingo à noite e as negociações para formar uma coligação podem ser ainda mais complicada, se o AKP ficar a poucos votos da maioria absoluta, com o risco do poderoso presidente Erdogan poder convocar eleições pela terceira vez .