Está certo de que o peixe que come é o que pediu?

Está certo de que o peixe que come é o que pediu?
Direitos de autor 
De  Pedro Sacadura com Margherita Sforza
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Testes científicos realizados pela organização não governamental (ONG) Oceana a mais de 280 amostras de peixe, recolhidas em mais de 150 restaurantes

PUBLICIDADE

Testes científicos realizados pela organização não governamental (ONG) Oceana a mais de 280 amostras de peixe, recolhidas em mais de 150 restaurantes de Bruxelas e instituições europeias, revelaram que muitos consumidores têm estado a pagar um preço que não corresponde ao valor adequado à espécie realmente consumida.

De acordo com a ONG, em média, 30% do peixe servido em restaurantes da capital belga não é aquele que os clientes julgavam ter pedido.

Razão pela qual, o diretor executivo da Oceana, Lasse Gustavsson, diz que a União Europeia tem de melhorar o sistema de controlo da origem e rotulagem do peixe: “Não são, necessariamente, os restaurantes que estão a enganar as pessoas. Podem ser os distribuidores. A lei exige que os produtos de pesca sejam rotulados e por isso os consumidores têm o direito de saber. Ninguém parece fazer as coisas corretamente.”

O fenómeno verificou-se inclusive nas cantinas das instituições europeias.

De acordo com os testes de ADN, realizados pela Universidade Católica de Lovaina, espécies como o bacalhau ou solha são muitas vezes substituídas, por exemplo, por peixe-gato criado em viveiro.

As razões são maioritariamente económicas e a fraude é transversal a Itália, Espanha, Irlanda, Reino Unido e França.

Além de fraudulenta e do potencial de risco para a saúde pública, a substituição representa um problema ambiental, porque espécies ilegais ou protegidas podem entrar no mercado.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

PE pede apreensão de centenas de milhares de milhões de euros em ativos congelados da Rússia

UE: Ativistas de monitorização de lóbi alertam para pressão abusiva

Depois do "Russiagate", eurodeputados criticam o "Chinagate"