A Mafia regressa ao banco dos réus em Itália após uma das maiores investigações desde o processo “mãos limpas” nos anos 90. Mais de 40 arguidos
A Mafia regressa ao banco dos réus em Itália após uma das maiores investigações desde o processo “mãos limpas” nos anos 90.
Mais de 40 arguidos compareceram hoje na primeira audiência do processo “Mafia Capitale”, acusados de pertencerem a uma rede de corrupção associada aos contratos públicos da Câmara de Roma.
Entre os arguidos encontra-se o alegado cabecilha da rede, Massimo Carminati, um ex-terrorista de extrema-direita e o seu número dois Salvatore Buzzi, condenado no passado por assassínio.
Para Bruno Naso, o advogado dos dois alegados cabecilhas:
“Todo este processo foi manipulado. Esperámos durante um ano por uma oportunidade de comparecer frente a um tribunal, sem sucesso. Desde há um ano que a investigação está totalmente parada”.
Os arguidos são acusados de desviarem milhões de euros de fundos públicos da Câmara da cidade, em áreas que vão da recolha de lixo à criação de centros de refugiados.
No total, cerca de uma centena de pessoas são visadas pela investigação, entre empresários e políticos, incluindo o ex-presidente da Câmara de Roma, Gianni Alemanno.