Turismo egípcio atingido em plena recuperação

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Aos poucos, as praias e os hotéis de Sharm el-Sheikh vão ficando vazios. Esta segunda-feira (9 de novembro), Moscovo anunciou ter repatriado 25 mil

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Aos poucos, as praias e os hotéis de Sharm el-Sheikh vão ficando vazios. Esta segunda-feira (9 de novembro), Moscovo anunciou ter repatriado 25 mil cidadãos dos quase 80 mil que estavam na estância balnear no Mar Vermelho.

Londres já repatriou cinco mil dos 20 mil cidadãos. Paris desaconselha viagens à região.

Mas, há também turistas que recusaram pôr fim às férias e outros que decidiram manter a reserva, apesar do que aconteceu ao avião russo.

Os russos representavam, até agora, 30% do número de turistas no Egito. Uma delas afirma: “Não é agradável e no início estava preocupada, porque tinha planeado as férias com antecedência. Ficamos preocupados com o que aconteceu. Depois falamos com o nosso operador turístico que nos tranquilizou”.

O governo egípcio considera que as operações de repatriamento são precipitadas. Para já reforçou a segurança perto das praias e do aeroporto, já que outros países continuam a operar voos para a região.

Um alemão afirma: “Estamos aqui há cinco dias e não vejo nada que nos assuste. Estamos completamente tranquilos, todos são simpáticos e não vemos nenhum terrorista”. Um casal de italianos acrescenta: “Já vimos a Sharm el-Sheikh há muito tempo. Há mais de 20 anos. Nunca houve nada do género. O clima é muito bom e vamos continuar a vir. Nós, italianos, viremos sempre”.

O setor turístico vê eliminados anos de esforços para recuperar os turistas perdidos com os atentados de 2005 em Sharm el-Sheikh (70 mortos) e com a instabilidade política que se seguiu à Primavera Árabe e à queda do regime de Hosni Mubarak, em 2011.

No ano passado, o Egito recebeu dez milhões de turistas. Em 2010, eram 15 milhões.

Mas um egípcio defende: “Sharm será sempre segura. Durante anos, muitas pessoas tentaram destruir Sharm. Pequenos acidentes podem acontecer em todo o mundo. Mas quando se trata do Egito torna-se longo maior, torna-se num desastre, torna-se terrível. O país é seguro e segurança existirá sempre. Ninguém pode enfraquecer o nosso país, em quaisquer circunstâncias”.

O turismo representa 12% do PIB do Egito e 15% das receitas em moeda estrangeira.

Mohammed Shaikhibrahim, enviado da euronews a Sharm el-Sheikh, recorda: “É um duro golpe para o setor do turismo, que já lutava para superar a crise. O turismo é a principal atividade da economia egípcia. Mas ao mesmo tempo, muitos turistas consideram algo exagerada a decisão de evacuação”.

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