Agência anti-doping encerra laboratório russo no centro de escândalo de dopagem

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De  Euronews
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A Rússia tenta evitar que os atletas do país sejam banidos dos jogos Olímpicos de 2016. Moscovo considerou hoje que as revelações e recomendações do

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A Rússia tenta evitar que os atletas do país sejam banidos dos jogos Olímpicos de 2016.

Moscovo considerou hoje que as revelações e recomendações do relatório da agência internacional anti-doping (WADA), apresentados ontem, contêm “acusações sem fundamento”, segundo o porta-voz do presidente Vladimir Putin.

Um argumento que não parece convencer a WADA que encerrou esta terça-feira o laboratório russo no centro do escândalo, onde mais de 1.400 análises teriam sido manipuladas.

O relatório da comissão de investigação da WADA que, entretanto deu origem a uma investigação da Interpol, aponta responsabilidades ao mais alto nível do Estado e dos serviços secretos na manipulação de testes anti-doping a atletas russos.

O ministro dos desportos russo, Vitaly Mutko, garantiu esta manhã que vai analisar as conclusões do relatório, “se estes dados tiverem fundamento, vamos tomar medidas, do lado do Estado ou das autoridades anti-doping, nós estamos prontos a tomar estas decisões e não podemos deixar que outros desportistas russos, que trabalham de forma árdua e honesta possam ser manchados por estas acusações”.

A Federação Internacional de Atletismo lançou um ultimato a Moscovo para responder às alegações até ao final da semana.

O atleta australiano, Jared Tallent, reclamou já a sua medalha de ouro, depois de ter ficado em segundo lugar, nos 50 Km de marcha nos Jogos Olímpicos de Londres, depois do russo Serguei Kirdyapkin.

“Estas alegações são absolutamente chocantes, descobrir que o homem que me bateu em Londres, deveria ter sido banido em 2011, mas a Federação Internacional de Atletismo preferiu esperar por depois dos Jogos Olímpicos Deixaram-no correr e vencer uma medalha de ouro mesmo sabendo que tinha defraudado os testes anti-doping”, afirma o desportista.

Várias federações internacionais de atletismo, como a australiana ou a nova-zelandesa, defenderam já a suspensão da Rússia dos próximos Jogos Olímpicos, quando o país deverá igualmente acolher o campeonato mundial de futebol em 2018.

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