Grécia: Lesbos enfrenta aumento drástico do número de refugiados

Grécia: Lesbos enfrenta aumento drástico do número de refugiados
De  Nelson Pereira
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O receio de que os países europeus fechem suas fronteiras, fez aumentar ultimamente o número de clandestinos que chegam à ilha grega de Lesbos, em

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O receio de que os países europeus fechem suas fronteiras, fez aumentar ultimamente o número de clandestinos que chegam à ilha grega de Lesbos, em busca de refúgio na Europa.

Nas localidades de Moria e Kara Tepe funcionam as estruturas de acolhimento e registo de refugiados na ilha.

Existem porém diferenças entre elas: enquanto o campo de Kara Tepe regista e abriga refugiados exclusivamente da Síria e é administrado pelo município de Mitilene – a capital da ilha, em Moria o acampamento dividide-se em duas partes – uma acolhe unicamente sírios e está sob gestão do ministério da imigração, a segunda abriga principalmente afegãos e iraquianos e é gerida pela polícia grega.

Neste campo administrado pela polícia grega, a ajuda humanitária é distribuída aos refugiados por voluntários. Uma tarefa difícil, pois o número de voluntários é insuficiente.

#SavetheChildren is distributing hot meals for refugees & migrants in #Lesvos, #Greece. 5000 meals today! pic.twitter.com/UcPYgDaMuL

— Simine Alam (@misssimine) November 11, 2015

Maria Symeou, coordenadora da Cruz Vermelha em Lesbos, explica que há muito trabalho a fazer:

“Temos até um programa de reunificação das famílias. Através deste programa, procuramos os membros da família que se perderam a caminho da Grécia ou devido a um naufrágio”.

No campo de Kara Tepe, a situação é muito diferente. Situado próximo do antigo porto de Metilene, aqui o processo de registo é rápido. Com uma capacidade para duas mil pessoas, acolhe atualmente quinhentos refugiados sírios.

Stavros Myrogiannis, responsável do centro de acolhimento e registo em Kara Tepe, lembra que estas pessoas estão em dificuldade e é preciso ajudá-las:

“Eles precisam da nossa ajuda. Hoje são eles, amanhã poderemos ser nós. Para nós é assim: temos estes viajantes por hóspedes e cabe-nos cuidar bem deles”.

A Malaysian cooker prepares the #refugees lunch in Sykamnia #Lesvos Volunteers from all over the world here :) pic.twitter.com/GKNBqYfypt

— Liana Spyropoulou (@LSpyropoulou) November 8, 2015

Desde o início do ano entraram na Grécia mais de 500 mil migrantes e refugiados, “de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)“http://www.unhcr.org/cgi-bin/texis/vtx/refdaily?pass=52fc6fbd5&id=56271cc15.

“Os sírios, os iraquianos e os eritreus são incontestavelmente refugiados”, frisou recentemente a porta-voz da agência, Melissa Fleming, lamentando que os dois termos, migrantes e refugiados, sejam muitas vezes utilizados indevidamente como sinónimos.

Ainda segundo Melissa Fleming, um dos grandes desafios da ACNUR é convencer as pessoas que “existem outros locais onde serão bem recebidas, além da Alemanha, Áustria ou Suécia”, os três países que são o destino preferencial de grande parte dos refugiados e dos migrantes.

Refugees and migrants board ferry from #Lesvos to Athens.
#RefugeeCrisispic.twitter.com/zpyR1YkUF4

— Savvas Karmaniolas (@SavvasKarma) November 9, 2015

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