Encontro de Viena termina com calendário de transição política para a Síria

Encontro de Viena termina com calendário de transição política para a Síria
Direitos de autor 
De  Rodrigo Barbosa com AFP / REUTERS
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

As grandes potências reunidas em Viena chegaram a um acordo para um calendário de transição política na Síria, num encontro marcado pelos ataques

PUBLICIDADE

As grandes potências reunidas em Viena chegaram a um acordo para um calendário de transição política na Síria, num encontro marcado pelos ataques terroristas em Paris.

Se a conferência presidida pelos chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia permitiu estabelecer um roteiro para a paz, persiste no entanto o desacordo sobre o futuro do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Sergei Lavrov disse que o Kremlin “reiterou que o futuro sírio deve ser decidido apenas pelo povo sírio. E isso inclui também o destino de Assad e de qualquer outro político do país”.

Mas para os Estados Unidos, como para a União Europeia e para os aliados árabes de Washington, a transição política deve passar pelo afastamento do presidente sírio.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que “a situação é tal que ele tornou-se num imã para os combatentes estrangeiros. Vêm pessoas de todo o mundo, atraídas pelo Estado Islâmico ou pela al-Nusra, devido à luta contra Assad, que vai continuar. A melhor forma de resolver o problema é se Assad reconhecer que pode salvar o país, se fizer parte da transição e permitir que todos os países da região lutem contra o Estado Islâmico. É este o plano de jogo”.

Numa declaração conjunta, os países presentes em Viena – que incluem a Arábia Saudita, o Irão, a Turquia e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -, apresentaram um plano que inclui discussões formais entre o governo e a oposição síria a partir de 1 de janeiro.

A correspondente da euronews, Andrea Hajagos, lembra que “a tragédia de Paris ensombrou o encontro, mas os participantes frisaram que o que aconteceu fortaleceu a ideia de que é preciso lutar contra o terrorismo de forma unida e decidida”.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ataques de Paris: Federica Mogherini quer união, John Kerry fala em fascismo medieval e moderno

Duas crianças entre os seis mortos após bombardeamentos de Assad em Idlib

Região rebelde de Idlib bombardeada após ataque em Homs