O melhor do cinema independente no Festival de Tessalónica

O melhor do cinema independente no Festival de Tessalónica
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A edição 2015 do Festival de Cinema de Tessalónica mostrou ao público grego mais de 200 filmes. O evento desenrolou-se entre 6 e 15 de novembro na

PUBLICIDADE

A edição 2015 do Festival de Cinema de Tessalónica mostrou ao público grego mais de 200 filmes. O evento desenrolou-se entre 6 e 15 de novembro na segunda maior cidade da Grécia.

“Todos os anos enfrentamos um novo desafio. A minha ambição é apresentar os novos caminhos do cinema independente. Este festival destina-se aos cinéfilos e às gerações jovens. Quero dar a oportunidade ao espetador de descobrir as novidades porque a arte está sempre a regenerar-se”, frisou o diretor do festival, Dimitri Eipides.

O grande prémio do festival foi atribuído a “Rams”, do realizador islandês Grímur Hákonarson. A obra retrata dois irmãos, criadores de ovelhas, que não se falam há 40 anos até ao dia em que o gado fica doente.

“A terra e a sombra” de César Acevedo venceu o Alexandre de prata, o segundo prémio mais importante da competição. A ação do filme desenrola-se numa plantação de cana-de-açúcar, na Colômbia.

“O filme aborda as dificuldades dos trabalhadores e a forma como eles tentam resistir. Quis apenas mostrar os problemas deles e dar-lhes a oportunidade de serem ouvidos”, contou o realizador.

“Caminho para a paz é o primeiro filme do realizador argentino
Francisco Varone. A obra conta a viagem de um muçulmano que apanha boleia de Buenos Aires para La Paz, com o objetivo final de apanhar o avião para a Meca.

“Quando regressava cansado ao hotel depois da rodagem e pensava no que tinha de fazer no outro dia, os quilómetros que teria de percorrer ficava um pouco nervoso. Durante as rodagens fazíamos sempre uma piada, diziamos, o nosso próximo filme terá apenas duas pessoas numa casa em Buenos Aires, nem carros nem cães. E eu disse ok, para a próxima faremos isso”, disse Francisco Varone.

“Sparrows” do realizador islandês Rúnar Rúnarsson venceu o prémio para melhor proeza artística. A obra gira em torno da relação entre um adolescente e o pai.

“Tento escrever com o coração e não com o cérebro. Às vezes, o cérebro ajuda o coração. Mas é importante para mim usar o coração. Mas de qualquer modo falo sempre de mim, ou são as minhas experiências ou é a interpretação de coisas vividas por amigos”, contou o realizador Rúnar Rúnarsson.

Este ano, o festival prestou homenagem a Arnaud Desplechin, com uma retrospetiva da obra do realizador francês.

“Trois souvenirs de ma jeunesse”, o seu último filme foi apresentado recentemente no Festival de Cinema de Lisboa.

“É a primeira vez que venho aqui como realizador. Durante a retrospetiva o público grego pode ver cópias restauradas e cópias novas, foi emocionante. A conversa com o público foi um momento importante, senti-me realizado. Foi uma sensação muito forte para mim”, concluiu o realizador francês.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Os grandes filmes dos Prémios do Cinema Europeu 2023

Monica Bellucci leva Maria Callas ao Festival de Cinema de Salónica

Realizador alemão Wim Wenders recebe Prémio Lumière em Lyon