De proprietário de bar a bombista suicida. Foi no bar Le Béguines, em Molenbeek, na Bélgica, que o ‘kamikase’ do Le Comptoir em Paris, Ibrahim Abdel
De proprietário de bar a bombista suicida. Foi no bar Le Béguines, em Molenbeek, na Bélgica, que o ‘kamikase’ do Le Comptoir em Paris, Ibrahim Abdel trabalhava.
Uma semana antes dos atentados da capital francesa, o bar foi encerrado pelas autoridades por alegado tráfico e consumo de estupefacientes.
Uma testemunha conta o que via todos os dias.
“Ele via muitos vídeos do grupo Estado Islâmico. Às vezes estava zangado e dizia: vou rebentar isto tudo! Era alguém que fumava muita marijuana, se calhar foi o cérebro dele. Por isso pensamos que neste caso ele era um pouco desequilibrado, histérico. Brahim veio até nós há mais de uma semana a pedir para escondermos ‘kalachnikovs’. Mas nós sabíamos que ele era um pouco desequilibrado. Olhámos uns para os outros e dissemos: mas Brahim, não é verdade, pois não? Ele disse: não, não, é sério! Tenho explosivos para rebentar da Bélgica inteira”, referiu o homem que preferiu manter o anonimato.
Ibrahim era irmão de Salah Abdeslam que continua a monte.
A presidente da câmara de Molenbeek explica. “Os irmãos Abdeslam, não eram uns perdidos, não eram jovens pobres com pais que não tinham nada e que vadiavam. Foram jovens que tiveram uma educação, a quem lhes foi dado trabalho, uma família a quem nós demos um teto e mesmo assim, apesar disso, caíram no radicalismo, no terrorismo”, refere Françoise Schepmans.
O percurso que levou Brahim de proprietário de bar a suicida islâmico, é ainda um mistério.