O ruidoso bater de palmas na Praça da República, em Paris, foi apenas uma das homenagens organizadas esta sexta-feira na capital francesa. O evento
O ruidoso bater de palmas na Praça da República, em Paris, foi apenas uma das homenagens organizadas esta sexta-feira na capital francesa. O evento, às nove horas e vinte minutos da noite – hora do primeiro dos ataques do passado dia 13 -, decorreu em paralelo com vigílias nos vários locais visados pelos atentados de há uma semana, que voltaram a abrir uma ferida profunda na sociedade francesa.
Uma residente de Paris diz que “para além da emoção, prevalece o sentimento de não perceber o mundo em que vivemos”.
Uma semana depois da tragédia, a dor está particularmente presente nos familiares das vítimas. Jean-Marie perdeu a filha, Aurélie, no ataque à sala de espetáculos Bataclan. Diz que “todas as mensagens deixadas nos locais, as flores, as pequenas velas e os painéis que mencionam a noção de esperança, são uma ajuda”.
A história de um enfermeiro que jantava no café Comptoir Voltaire, um dos locais atacados, na noite do dia 13, correu esta sexta-feira o mundo. Na confusão, David tentou reanimar um homem caído por terra com ferimentos importantes, sem se aperceber imediatamente que se tratava de um dos atacantes.
O profissional de saúde explicou numa entrevista que um colega lhe disse “que seria melhor tirar a ‘t-shirt’” à suposta vítima e que foi quando a rasgou que viu “os fios” e se apercebeu “que se tratava de um bombista suicida e foi nesse momento que chegaram os serviços de socorro”.
O atacante, identificado como Brahim Abdeslam, foi o único a perder a vida no Comptoir Voltaire. O enfermeiro disse que a polícia lhe explicou que a bomba não explodiu completamente.