Macri derruba o kirchnerismo

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É uma mudança radical o que promete a vitória de Mauricio Macri nas presidenciais argentinas. O candidato da oposição de centro-direita pôs fim de um

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É uma mudança radical o que promete a vitória de Mauricio Macri nas presidenciais argentinas. O candidato da oposição de centro-direita pôs fim de um período de 12 anos que ficou conhecido como kirchnerismo.

A 25 de outubro, Macri contrariou o que muitos davam como certo. Obrigou a uma segunda volta e acabou por vencer, algo inédito na Argentina. Rompeu, ainda, com a tradição dos “chefes de Estado advogados” já que é engenheiro de formação e conseguiu ser eleito à primeira tentativa, uma proeza para um homem que entrou na política mais tarde do que a maioria

Filho de um empresário italiano, passa dos negócios de família a presidente do Boca Juniors. Aqui ganha notoriedade e o histórico clube 17 títulos internacionais.

Em 2007, dois anos depois de ter sido eleito deputado chega a Presidente da Câmara de Buenos Aires – cargo para o qual foi eleito duas vezes – com o Partido Proposta Republicana.

Para alargar a base de apoio, fora da capital, faz uma aliança com a União Cívica Radical, um partido centenário que oferece a sua rede nacional e a partir do qual nasce a coligação “Mudemos” que o leva à Presidência do Argentina.

Macri terá pela frente vários desafios económicos. A inflação atinge os 30 por cento, os subsídios à energia e aos transportes representam 20 por cento da despesa pública e depois de 10 anos de forte crescimento, a recessão ameaça o país.

“A economia argentina não cresce hà quatro anos. As exportações tem estado em queda e desde há quatro anos que o setor privado não cria emprego” refere o analista Marcelo Elizondo.

O chefe de Estado herda, também, um processo na justiça contra um grupo de credores, mais conhecidos por holdouts que reclamam à Argentina o pagamento de 1,5 mil milhões de dólares. O caso impede o país de se financiar.

“Esta é a chave para que a Argentina possa receber financiamento externo. O mundo aguarda que o impasse com os credores seja resolvido para que um novo financiamento possa ser canalizado para investimentos no país” afirma o politólogo Patricio Giusto.

Macri quer acabar com as medidas protecionistas. Suprimir as taxas sobre as exportações de cereais e tornar a taxa de câmbio peso-dólar mais competitiva. Mas para isso vão ser precisas alianças no Parlamento onde os peronistas têm a maioria.

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