UNICEF: Crianças sírias enfrentam crise humanitária

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De  Patricia Cardoso com EFE, AFP, Reuters, comunicado de imprensa
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Mais de 8 milhões de crianças sírias precisam de ajuda humanitária. O relatório da UNICEF recorda que “na Síria não há locais seguros para as

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Mais de 8 milhões de crianças sírias precisam de ajuda humanitária. O relatório da UNICEF recorda que “na Síria não há locais seguros para as crianças”.

Apesar do inverno que se aproxima, os desembarques prosseguem na ilha grega de Lesboas. São famílias sírias que procuram, na Europa, uma vida melhor para os filhos. Para trás deixam as ruínas de cinco anos de guerra e muitas privações.

Segundo o Eurostat, entre janeiro e setembro 2015, 214 mil crianças pediram asilo na União Europeia. É um número recorde.

Em junho, a UNICEF contabilizava 10% de crianças nas rotas da migração. Em outubro eram 33%.

Há um número crescente de crianças que viajam sozinhas, expostas a traficantes e a abusos de todo o género. As condições são extremas, como conta Ramiz Momeni, médico na fronteira serbo-croata: “Podem ver crianças com dez dias de vida, com hipotermia. Não temos cobertores para dar. Precisamos de ação. Olhem, as imagens valem mil palavras….”

Todos os dias, há 700 crianças que pedem asilo à Europa. A UNICEF identificou cinco grupos de menores vulneráveis e a precisar de ações específicas e urgentes: bebés, crianças deficientes, crianças perdidas, crianças abandonadas e adolescentes não acompanhados.

A UNICEF preocupa-se também com quem ficou na Síria.

A agência da ONU revela que há dois milhões de crianças que permanecem nas zonas de combate e que recebem ajuda humanitária de forma esporádica. As escolas são atacadas, os hospitais não funcionam e falta água potável.

Desde 2011, a guerra síria já matou 11 mil crianças.

Nos países vizinhos da Síria, há mais dois milhões de crianças refugiadas, que vivem em condições precárias. No Líbano, por exemplo, muitas não podem ir à escola. Têm de trabalhar para sobreviver.

Sem educação não poderão um dia reconstruir o país natal. A guerra colocou em ruínas toda uma geração de jovens e crianças sírias, diz a UNICEF.

Os blindados, as bombas e a morte fazem parte dos desenhos, mas há ainda muitos sonhos: “Chamo-me Ahmad, tenho nove anos e sou de Alepo. Há dois anos que não vou à escola. Quando for grande quero ser médico”.

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