Os combatentes russos do Daesh

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Estima-se que cerca de três milhares de russos partiram para a Síria para combater nas fileiras do Daesh. 30 por cento deste contingente é do

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Estima-se que cerca de três milhares de russos partiram para a Síria para combater nas fileiras do Daesh. 30 por cento deste contingente é do Daguestão, uma república do Cáucaso, entre a Chechénia e o mar Cáspio.

A guerra pela independência da Chechénia, na última década do século passado, deu origem a uma revolta islâmica no sul da Rússia. Os extremistas realizaram inúmeros ataques com recurso a bombistas suicidas e a sequestros, como o da escola de Beslan, na Ossétia do Norte, em 2004, que fez três centenas de mortos, a maioria crianças.

Com a alegada pacificação da região, os elementos radicais partem para a Síria. Como Rashid Magomedov que apesar de ser casado e pai de duas crianças deixou a família em fevereiro. 5 meses depois chegou a notícia da sua morte.

Os problemas de Rashid começaram no ano passado. Foi detido várias vezes e chegou a passar dois meses na prisão. O pai acusa as autoridades de montarem um embuste e de falsificarem provas. Ele próprio foi condenado a dois anos de pena suspensa por posse de munições e de uma granada.

A localidade de Konsomolskoye é frequentemente alvo de operações de contraterrorismo, como chamam as autoridades russas. Centenas de residentes estão sob vigilância e podem ser detidos pela polícia durante horas, assim como serem-lhes recolhidas as impressões digitais ou amostras de ADN. Na região acusam as autoridades de empurrarem os jovens muçulmanos para a Síria porque assim exportam os problemas para longe do Daguestão.

Esta é também a opinião do editor-adjunto do jornal Chernovik que explica que as forças da ordem estão a colocar os grupos religiosos conservadores nas margens da sociedade. No entanto, o imã da maior mesquita do Daguestão afirma que não há pressão que justifique o radicalismo e consequente partida para as fileiras do maior grupo terrorista com implantação na Síria.

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