O parlamento alemão vota a intervenção militar na Síria: A ministra da Defesa diz que o país precisa de um exército maior.
Um dia antes do parlamento alemão votar a eventual participação do país na ofensiva contra o grupo Estado Islâmico na Síria, a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, pediu que sejam criadas as condições para que a Alemanha possa ter um exército maior.
Depois do Reino Unido, a Alemanha deve ser o próximo país a juntar-se à coligação que leva a cabo os bombardeamentos na Síria – um desejo já expresso por Angela Merkel, no encontro com François Hollande.
“Combater o Daesh é parte do nosso interesse. É também do nosso interesse que o Médio Oriente se torne uma região pacífica. É verdade que a solidariedade é uma parte importante do processo, mas a Alemanha tem um interesse vital em levar a paz a esta região do globo”, disse a ministra, defendendo uma intervenção militar.
O exército alemão, durante muito tempo impedido de intervir no estrangeiro, herança do fim da II Guerra Mundial, é ainda hoje pouco vocacionado para os conflitos externos, pelo que a ministra pede agora uma nova filosofia. Os militares alemães estão neste momento destacados em 12 conflitos, em pontos diferentes do globo.
Uma hipotética intervenção na Síria não reúne a unanimidade: dezenas de pessoas juntaram-se perto da Porta de Brandeburgo, em Berlim, para protestar contra os bombardeamentos.