Bundeswehr: Longe da linha da frente

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As forças armadas alemãs do pós-guerra nunca ocuparam a linha da frente num conflito internacional. Quando a Bundeswehr foi criada em 1955 e

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As forças armadas alemãs do pós-guerra nunca ocuparam a linha da frente num conflito internacional. Quando a Bundeswehr foi criada em 1955 e integrada na NATO, a sua missão ficou claramente definida: a defesa da Alemanha e dos seus aliados. É o primado da defesa, além do serviço em missões de paz, que vai orientar a sua ação até ao final da Guerra Fria.

Em 1955 o fantasma do horror nazi estava ainda bem presente na memória de todos mas a Europa Ocidental temia uma invasão soviética. A Alemanha Federal era o primeiro peão na estrutura de defesa da Aliança Atlântica. A missão da Bundeswehr manteve-se inalterada até à queda do Muro de Berlim e o fim da URSS.

Apesar da reunificação alemã ter alterado a situação geoestratégica, a tradição pacifista dos alemães manteve-se até hoje. Esta quinta-feira perto de um milhar de pessoas manifestou-se em Berlim contra a participação das suas forças armadas no conflito sírio. Além de submeter as decisões ao parlamento, o poder político tem de enfrentar uma opinião pública geralmente desfavorável.

A primeira intervenção militar fora das fronteiras alemãs foi em 1993, na Somália, sob a égide da ONU. Dois anos depois as forças alemãs participaram nas operações da NATO na Bósnia e em 1999 no Kosovo.

Atualmente os militares alemães estão envolvidos em 16 missões no exterior do país. No Afeganistão, onde chegaram a estar mobilizados quase 5 mil homens, permanecem 850 soldados ao abrigo da missão da NATO “Resolute Support”, de apoio e treino aos militares afegãos. Este contingente vai ser reforçado em 2016 com mais 130 elementos.

Mas os governos de Berlim têm sido cautelosos com o seu envolvimento militar. Em 2011 abstiveram-se no conselho de segurança da ONU relativamente à intervenção na Líbia. Uma decisão que foi mal acolhida pelos seus aliados.

A Alemanha já participa no esforço de guerra contra o Daesh desde o ano passado, quando começou a fornecer armas e a formar os combatentes curdos, os Peshmergas.

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