Ninguém acredita que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegue hoje a acordo para reduzir a produção de ouro negro de forma a eliminar o excesso de oferta no mercado.
Ninguém acredita que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegue hoje a acordo para reduzir a produção de ouro negro de forma a eliminar o excesso de oferta no mercado.
O barril continua a negociar próximo de mínimos de mais de seis anos, mas um dos principais atores do mercado, a Arábia Saudita, e alguns dos seus aliados no Golfo Pérsico têm repetido que só irão reduzir a produção se outros grandes produtores fora do cartel, caso da Rússia, também cortarem na produção. Foi o que recordou o ministro saudita do Petróleo no arranque da reunião da OPEP, esta sexta-feira em Viena, na Áustria. O homólogo iraniano acrescentou que “sendo realista”, não acredita que “os membros estejam prontos para cortar” na produção. O regresso do Irão aos mercados após décadas de sanções económicas irá pressionar ainda mais os preços para baixo.
A estratégia comercial da OPEP tem sido de inundar o mercado de petróleo, defendendo a sua quota de mercado na expectativa que os preços baixos acabem por empurrar para fora do mercado quem tem maiores custos de produção, como é o caso dos produtores dos hidrocarbonetos de xisto nos Estados Unidos. Em pouco mais de um ano, o barril de petróleo perdeu mais de metade do seu valor.
A enviada da euronews a Viena, Daleen Hassan, refere que, “apesar dos analistas estarem à espera que a OPEP mantenha a atual política de produção, as discussões prosseguem. A questão agora está em saber se os países membros vão encontrar uma solução satisfatória para travar a queda dos preços do petróleo”.