Sylvie Guillem: O adeus da "Bailarina Absoluta"

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Sylvie Guillem: O adeus da "Bailarina Absoluta"
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“Life in Progress” é o mais recente espetáculo europeu de Sylvie Guillem e teve lugar na Áustria. Depois de algumas datas no Japão, uma das

“Life in Progress” é o mais recente espetáculo europeu de Sylvie Guillem e teve lugar na Áustria. Depois de algumas datas no Japão, uma das bailarinas mais importantes do mundo vai terminar a carreira.

Uma conversa informal com uma artista singular. Sobre o presente, o futuro e o seu compromisso ecológico – passando pela última peça, criada pelo coreógrafo Akram Khan, especialmente para Sylvie Guillem: “Creio que tem a ver com a falta de compreensão, com o fracasso, com a incapacidade de ouvir e de observar o mundo… É uma espécie de diálogo silencioso com a árvore em palco… E é sobre o desejo de união, de compreensão e de salvamento mútuo. Pelo menos é isso que digo a mim própria na minha cabeça. É o que digo ao meu corpo, à medida que sigo a música… É isto que sinto”.

“Podia simplesmente dizer que: “estas são as minhas últimas apresentações, que posso descontrair… Que mesmo que nem tudo seja perfeito, não é preciso rever o vídeo para fazer correções, para o próximo espetáculo. Podia fazer isso, mas não o vou fazer. Embora um espetáculo nunca seja igual ao outro… Posso tropeçar ligeiramente ou cometer pequenos erros… Aceito-os melhor agora, porque são pequenas imperfeições que podem contribuir para a emoção final. É algo que aprendi a aceitar”, acrescenta Sylvie.

Sylvie Guillem é pioneira na dança feminina e também defende a biodiversidade e os ideais ecológicos: “Não vou ao supermercado, porque é isso que está a destruir o nosso planeta. É isso que nos está a destruir e a causar grande sofrimento. Já acabou com empregos e provoca imensa dor aos animais. Quanto tomei consciência de tudo isto, simplesmente não conseguia acreditar que a humanidade pudesse fazer algo assim! Não quero fazer parte desta destruição.”

A intenção de Sylvie sempre foi emocionar as pessoas e planeia continuar a fazer o mesmo no futuro: “Tenho várias ideias, porque a minha vida continua. É verdade que esta parte vai terminar, mas eu continuo a existir como pessoa, com as minhas próprias ideias, desejos e interesses. Mas não quero planear nada; há que viver o momento, como deve ser vivido. Preciso de algum tempo, para parar e perceber quem sou e o que quero – sem a dança”.

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