CE propõe corpo de guardas costeiros e fronteiriços para substituir Frontex

CE propõe corpo de guardas costeiros e fronteiriços para substituir Frontex
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A nova agência de Guarda Europeia Costeira e Fronteiriça, proposta, oficialmente, esta terça-feira, pela Comissão Europeia, no contexto da crise

PUBLICIDADE

A nova agência de Guarda Europeia Costeira e Fronteiriça, proposta, oficialmente, esta terça-feira, pela Comissão Europeia, no contexto da crise migratória que asfixia o velho continente, poderá vir a substituir a atual agência de gestão de fronteiras, Frontex, e terá mandato para intervir sem o aval de um Estado-membro.

O comissário com a pasta da Migração, Dimitris Avramopoulos, refere que decisão do executivo comunitário de fazer deslocar o novo corpo só acontece em “casos de urgência” a na sequência de uma resposta positiva do comité que integra todos os países da União Europeia(UE): “Onde persistirem deficiências [nas fronteiras] e não forem tomadas ações nacionais, a Comissão Europeia, em cooperação com os Estados-membros, será capaz de adotar uma decisão a determinar que a situação numa secção particular das fronteiras externas requer uma ação urgente.”

Alguns Estados-membros consideram que a proposta para reforçar o policiamento nas fronteiras externas da UE, coloca em causa a soberania nacional. O eurodeputado grego da Esquerda Unitária Europeia Kostas Chrysogonos concretiza: “Precisamos assegurar que este novo corpo vai respeitar os direitos humanos e que a cooperação com países terceiros não entra em conflito com o interesse legítimo dos Estados-membros, especialmente no que diz respeito à integridade territorial.”

A eurodeputada Patrizia Toia, do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, esboça algum otimismo em relação à proposta, mas ressalva que não é suficiente: “A posição de Itália será uma avaliação positiva da proposta. Diria que temos tudo a ganhar se se tornar um problema para toda a Europa. Mas se só considerarmos uma dimensão da política migratória, criam-se mais contradições do que soluções. Também temos de juntar receção, recolocação.”

A ser aprovada pelos governos da União Europeia, a agência contará com um corpo de 1500 agentes, que devem chegar ao terreno num hiato temporal de dois a três dias.

Terá também um financiamento mais elevado de 322 milhões de euros até 2020.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Lituânia recebe primeiros refugiados

Procuradoria de Madrid pede arquivamento do processo contra mulher de Pedro Sánchez

Emmanuel Macron: "A Europa pode morrer"