“The fencer” retrata de forma original um período trágico da história da Estónia. O argumento do filme gira em torno de um praticante de esgrima
PUBLICIDADE“The fencer” retrata de forma original um período trágico da história da Estónia.
O argumento do filme gira em torno de um praticante de esgrima estónio que foge da polícia secreta russa e regressa à terra natal onde se torna profesor de Física. Mas, o passado volta a surgir e obriga-o a fazer escolhas difíceis.
Realizado pelo cineasta finlandês Klaus Härö, “The fencer” é a escolha da Finlândia para a candidatura ao óscar de melhor filme estrangeiro.
“No início, não queria ler o argumento. Tratava-se de um filme passado na Estónia nos anos 50. Eu pensei que era muito cinzento, mas, aceitei ler o argumento por educação. Depois comecei a ler a história de uma pessoa que quer esconder-se, apesar de ser professor. As crianças olham para ele como se ele fosse um pai. Ele não pode esconder-se. Pensei que o conflito entre estar sozinho e estar com as crianças era muito interessante”, contou o realizador finlandês.
“Gostei do conceito visual, uma aldeia cinzenta no inverno, como uma dança, em forma de esgrima. A esgrima é branca e elegante. E a vida quotidiana durante a era comunista, na Estónia, é cinzenta. Foi uma imagem que me agradou”, acrescentou Klaus Härö.
“Há vários temas neste filme passado na Estónia nos anos 50, uma época de suspeitas, em que as pessoas têm medo umas das outras e das autoridades. Mas, para mim, o filme fala-nos sobretudo da relação entre adultos e crianças e de como tratamos as crianças. É esse o tema do filme. Na esgrima, é preciso manter a distância e ver onde está o outro. Mas, se a pessoa mantiver uma distância em relação a tudo e a todos estará segura mas as coisas deixam de ter sentido”, sublinhou o cineasta.
“Quando confiamos numa pessoa, podemos ser traídos, mas temos de assumir esse risco, porque senão a vida torna-se triste e sem sentido”, concluiu Klaus Härö.