Liga Árabe quer exército turco fora do Iraque

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De  Antonio Oliveira E Silva com EFE
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A Liga Árabe exige que Ancara retire as tropas presentes em território iraquiano e expressa a sua solidariedade com Bagdade.

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Os Ministros dos Negócios Estrangeiros (de Exteriores) da Liga Árabe condenaram esta quinta-feira a o que consideram como “uma intervenção militar turca” em território iraquiano.

A tomada de posição da Liga Árabe acontece quando cerca de 600 soldados turcos se encontram no norte do território iraquiano, em Bashika, região de Mossul.

O encontro, realizado com caráter de urgência a pedido do Governo iraquiano, teve lugar no Cairo e terminou com a exigência de que Ancara retire “de forma imediata e sem quaisquer condições” as tropas de território iraquiano.

Para os chefes da diplomacia dos diferentes Estados árabes, o Iraque faz frente a “um atentado contra a sua soberania nacional e o mundo árabe sofre um ataque contra a sua segurança”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Ibrahim al-Jafari, por seu lado, pediu uma resposta “determinada” por parte da Liga Árabe contra a “violação turca” contra a soberania iraquiana.

Ancara mantém que a presença de soldados turcos em território iraquiano apenas serve um propósito: proteger o seu pessoal militar, que se encontra a formar soldados iraquianos para a luta contra o autoproclamado Estado Islâmico (EI).

O Governo turco tem vindo a colaborar com Bagdade na luta contra os jihadistas na região. Em março, Ancara enviou um conjunto de formadores militares para o país árabe. Os 600 soldados entraram posteriormente em território iraquiano em “missão de proteção”, missão que nunca foi aprovada pelo Governo iraquiano, mas sim pela autoridade autónoma do Curdistão iraquiano.

Apesar da determinação mostrada pela Liga Árabe, a possibilidade de uma reposta militar iraquiana à intervenção turca é improvável.

Segundo o correspondente da Euronews no Cairo, essa é uma possibilidade muito remota e mesmo impossível a curto prazo.

Mohamed Shaikibrahim diz que o Iraque continua com muitos problemas, nomeadamente a luta contra o EI, que se faz em várias frentes, assim como as divisões internas que insistem em fragilizar a estabilidade no país.

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