É debaixo de fogo que muitas cidades do sudeste da Turquia, de maioria curda, vão entrar em 2016. De acordo com a Associação dos Direitos do Homem do
É debaixo de fogo que muitas cidades do sudeste da Turquia, de maioria curda, vão entrar em 2016.
De acordo com a Associação dos Direitos do Homem do país a operação militar de Ancara contra os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão provocou nas últimas duas semanas cerca de 40 mortos nas cidades de Cizre e Silopi.
O HDP, Partido Democrático do Povo, pró-curdo, garante que o número de vítimas mortais é superior e que muitas são civis.
A ofensiva de Ancara contra as forças curdas, este verão, deitou por terra a já frágil trégua entre o PKK e o Governo turco. A população fala de uma situação insustentável.
“O negócio vai mal. Abrimos as lojas para dar resposta às necessidades da população e pomos a nossa vida em risco. Gostava de saber durante quanto tempo isto vai durar” afirma o comerciante Abdullah Deger.
“Não temos eletricidade, nem água. As pessoas não estão bem e as crianças são as mais afetadas porque não podem ir à escola. A comunidade encontra-se numa situação miserável” refere o comerciante Ramazn Simsek.
Os curdos insistem na criação de um Estado independente, o governo turco no desarmamento do PKK que combate os radicais do Estado islâmico.
O fim da trégua de dois anos ameaça reacender uma guerra civil que provocou cerca de 40 mil mortos, ao longo das últimas três décadas.