O progresso do "Modelo Orbán"

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O presidente da Comissão Europeia já lhe chamou, em tom de brincadeira, ditador. Mas as ideias do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, estão a

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O presidente da Comissão Europeia já lhe chamou, em tom de brincadeira, ditador. Mas as ideias do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, estão a espalhar-se um pouco por toda a Europa.
O controlo de fronteiras é exemplo disso mesmo: foi adotado por vários países, para evitar a entrada de refugiados.
Orbán, quando chegou ao poder tratou de reformar a Constituição, entrou em confronto com a União Europeia, mas continua a aceitar os apoios financeiros de Bruxelas. A ambição do chefe de governo húngaro é construir aquilo a que chama uma “democracia iliberal”.

Jean Quatremer, correspondente do jornal francês Libération e especialista em assuntos europeus, explica que “esta é uma vitória ideológica de Viktor Orban: em todo o mundo hoje são tomadas medidas mais ou menos parecidas com as que foram tomadas por Orban, mesmo a esquerda francesa. Sem falar na esquerda eslovaca que está mesmo a ultrapassar Orban, de extrema direita. Ou seja, está a ser reduzida a liberdade, o estado de direito, algo que lembra os anos 30”.

A Polónia é mais um dos Estados-membros a seguir as pisadas de Orbán:
os conservadores do Partido do Direito e da Justiça (PIS) depois de chegarem ao poder, em outubro, também trataram de mudar a Constituição. Para isso nomearam juízes favoráveis às suas políticas.

E à semelhança da Húngria, o governo polaco quer agora controlar os meios de comunicação públicos: uma nova proposta de lei prevê que os membros das direcções e dos conselhos de supervisão da televisão e da rádio públicas sejam escolhidos…pelo ministro do Tesouro.

Jean Quatremer acredita ainda que “a Polónia é apenas no esboço do que estamos a viver: estamos testemunhar uma deriva verdadeiramente draconiana na União Europeia. Basicamente, Orban mostrou o caminho. “

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