Refugiados: do _El Dourado_ à realidade alemã

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De  Nara Madeira
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De todos os países europeus, a Alemanha foi aquele que aceitou o maior número de requerentes de asilo: mais de um milhão no ano passado. Cerca de

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De todos os países europeus, a Alemanha foi aquele que aceitou o maior número de requerentes de asilo: mais de um milhão no ano passado. Cerca de metade sírios que fugiram da guerra civil.

First steps and one map for refugees in cologne:
http://t.co/napmtZABvMpic.twitter.com/KCfPQrNpER

— Refugees in cologne (@refugeescologne) September 3, 2015

Na altura, e ainda na sua mensagem de fim de ano, a Chanceler alemã elogiava e apelava a este espírito humanitário, que ela própria promoveu e que descreveu como sendo uma oportunidade para o seu país:

“Estou convencida de que se assumirmos a fantástica missão, criada pelo enorme fluxo de pessoas e trabalharmos na sua integração hoje, isso representará uma oportunidade para nós amanhã, porque demonstra uma ação civil e política alargada”, dizia a chanceler no último discurso de 2015 à Nação.

#Germany Just Can't Get It Right https://t.co/JuVpkiWk7i#GermanyAttacks#MigrantCrisis#RefugeeCrisis#migrationpic.twitter.com/R3X3c5cbLJ

— Gatestone Institute (@GatestoneInst) January 11, 2016

Mas o espírito de boa vontade foi “Sol de pouca dura”. Os acontecimentos da véspera de fim de ano e o sentimento de incredulidade e raiva, por parte da população, expressos nas ruas de Colónia e de outras cidades alemãs, levou Angela Merkel a endurecer o seu discurso:

“O direito de residência e de asilo na Alemanha pode ser retirado a alguém que seja condenado, quer fique em prisão quer em liberdade condicional”, adiantava Merkel a 9 de janeiro último.

Clear message from today's demonstration in #Cologne#kolnpic.twitter.com/i8asNBdg1P

— Shona Murray (@ShonaMurrayNT) January 10, 2016

Se por um lado uma parte das formações políticas alemãs apelavam a que “não se tomasse o todo pela parte”, outras, como a extrema-direita, aproveitaram a ocasião para incitar ao ódio. Manifestações, como as que ocorreram em Colónia, terminaram em violência e com várias detenções.

Mas muitos se questionam sobre o que verdadeiramente se passou na última noite de 2015 e na madrugada de primeira de 2016. Uma testemunha diz ter visto pessoas a organizarem os ataques, o que significará que estes foram orquestrados.

Enquanto se procura descobrir a verdade o chefe da polícia de Colónia foi demitido, pela forma como lidou com a situação. Na Alemanha há ainda mais perguntas do que respostas. Ainda assim, uma coisa é certa:

“Os criminosos devem ser punidos. Temos de clarificar se o que aconteceu foi uma nova forma de crime organizado contra o qual o Estado tem de tomar medidas”, afirmava o ministro da justiça alemã, Heiko Maas, a 5 de janeiro.

O criticismo contra a chanceler alemã, vindo de alguns setores da sociedade, interna e externamente, foi aumentando nos últimos meses devido à sua política de “portas abertas”. Principalmente depois dos ataques de Paris.

Merkel tem rejeitado as críticas, afirmando que a Europa tem de trabalhar para o fim da crise migratória vinda da Síria, trabalhando para a paz no país.

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