A corrida presidencial em Portugal

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De  João Peseiro Monteiro
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A campanha eleitoral para as presidenciais portuguesas de 24 de janeiro começou oficialmente. Em liça estão 10 candidatos, um número recorde. Os

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A campanha eleitoral para as presidenciais portuguesas de 24 de janeiro começou oficialmente. Em liça estão 10 candidatos, um número recorde. Os pretendentes ao Palácio de Belém apresentam-se em nome individual. Nestas eleições os principais candidatos não contam com o apoio das máquinas partidárias, nomeadamente do PSD e do PS.

O favorito é Marcelo Rebelo de Sousa. O antigo dirigente do Partido Social Democrata (PSD) é o único candidato do centro-direita. Aos 67 anos, o professor de Direito da Universidade de Lisboa, é uma figura conhecida do público português. Durante 15 anos foi o comentador político mais escutado na televisão. Uma sondagem publicada no sábado, pelo Correio da Manhã, credita Marcelo Rebelo de Sousa com 52,9 por cento das intenções de voto.

Mas Sampaio da Nóvoa quer obrigar o favorito a uma segunda volta. O antigo reitor da Universidade de Lisboa é um novato na política partidária apesar dos seus 60 anos. O candidato recolhe apoios que vão do Partido Socialista (PS) a antigos elementos do Bloco de Esquerda, passando pelos três ex-presidentes da República do pós-25 de abril.

Do PS surge Maria de Belém que não conta com o apoio oficial do partido, uma vez que muitos socialistas apoiam Sampaio da Nóvoa que é creditado com 16,9 por cento das intenções de voto. A antiga ministra de António Guterres recolhe a preferência de 11,8 por cento dos eleitores inquiridos.

O Bloco de Esquerda marca a sua posição nestas presidenciais através de Marisa Matias. Mas a eurodeputada de 39 anos está em campanha apenas para fazer ouvir a voz do seu partido, numa altura em que é importante marcar diferenças com o PS e o PCP.

O mesmo se pode dizer dos comunistas que apresentaram o seu candidato da praxe. Edgar Silva, de 53 anos, foi o escolhido para representar o coletivo partidário nos tempos de antena.

O próximo presidente vai substituir Cavaco Silva que deixa o Palácio de Belém como o chefe de Estado menos popular em fim de mandato. O futuro eleito vai ter pela frente um parlamento dividido, com um governo assente numa maioria instável. O executivo socialista liderado por António Costa é apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, mas para aprovar o orçamento retificativo teve de contar com os votos do PSD. A corrida para Belém joga-se com uma eventual dissolução do parlamento no horizonte.

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