Maria de Belém: Suplantar divisões para defender causas sociais

Maria de Belém: Suplantar divisões para defender causas sociais
De  Filipa Soares
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Maria de Belém foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Partido Socialista. Fê-lo entre 2011 e 2014. Foi ministra da Saúde e da

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Maria de Belém foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Partido Socialista. Fê-lo entre 2011 e 2014. Foi ministra da Saúde e da Igualdade nos governos de António Guterres. Aquela que se afirma como a defensora das causas sociais nestas eleições pretende deixar para trás as divisões partidárias para se concentrar nos direitos dos portugueses.

Apesar do percurso assinalável no seio do PS, e colocando em evidência as cisões depois de ter alicerçado António José Seguro contra António Costa pela liderança socialista, Maria de Belém não angariou o apoio oficial do seu partido neste escrutínio presidencial. “Eu sempre tenho dito que tenho concordado com essa posição, porque isso dá mais relevo à independência das candidaturas, como ato de cidadania. Portanto, vejo com toda a tranquilidade”, declara.

Entre os seus apoios contam-se nomes de peso como Manuel Alegre e João Soares. Mas também aqui as divisões se fazem notar: o pai, Mário Soares, defende Sampaio da Nóvoa. Maria de Belém realça que candidatos socialistas, é só ela. No entanto, prefere debater ideias: “As minhas prioridades são investir no prestígio do país. Penso que é absolutamente indispensável fazê-lo e uma das armas ao serviço desse objetivo será a da diplomacia científica. Nós temos que mostrar os grandes sucessos que temos no domínio da Ciência, no domínio da Investigação e isso é fundamental para que quem nos observa do lado de fora nos respeite e nos considere.”

“Socialista candidata sou eu” pic.twitter.com/iE9H0seiz9

— Maria de Belém (@belemganhar2016) 17 Janvier 2016

Outra questão que aborda é a posição de Portugal perante uma União Europeia que diz ter esquecido alguns princípios fundadores: “Penso que é absolutamente indispensável ter uma voz forte no sentido de defender os princípios de solidariedade, os princípios de redução de assimetrias, os princípios da economia social de mercado, que, de certa forma, integram o projeto europeu original, do qual nós fazemos parte e que, muitas vezes, hoje anda esquecido, no sentido de que possamos defender adequadamente os interesses de Portugal.”

Não deixando para trás o percurso como governante, Maria de Belém assume-se como a voz de causas sociais de que é exemplo a igualdade de salários entre homens e mulheres. “Pretendo convocar a sociedade civil para o apoio a estas causas, porque como é evidente elas devem estar integradas num programa de políticas públicas competentes e eficazes. Mas, para além das políticas públicas, há uma intervenção de cada uma e de cada um de nós, das organizações da sociedade civil, que deve ser posta ao serviço destas causas”, afirma.

Estão então definidas as áreas prioritárias de uma candidata que sublinha uma grande preocupação pelo contexto social que Portugal vive após anos de austeridade: “Temos uma sociedade muito dividida, neste momento, muito deslaçada, com falta de coesão social e nós sabemos que, quando falta coesão social, falta tudo o resto.”

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