Preços do petróleo não assustam dirigentes iranianos

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O regresso do Irão ao concerto das nações é fundamental para relançar a economia do país mas a conjuntura não é a melhor. O preço do petróleo

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O regresso do Irão ao concerto das nações é fundamental para relançar a economia do país mas a conjuntura não é a melhor. O preço do petróleo extraído pelos membros da OPEP recuou para mínimos de 2003, ao cotar-se abaixo dos 25 dólares na segunda-feira. Mas esta situação não assusta os dirigentes iranianos que até à data estavam impedidos de exportar mais de um milhão de barris de crude por dia.

“A companhia nacional de petróleo tem capacidade para aumentar as exportações em 500 mil barris por dia e aumentar este número para um milhão nos próximos meses” – declarou esta segunda-feira o vice-ministro iraniano do petróleo, Amir Hossein Zamani-Nia.

Mas neste momento a oferta no mercado é excedentária em um milhão de barris por dia. Uma situação que não preocupa o Irão porque precisa de recuperar a cota de mercado perdida para países como a Arábia Saudita e o Iraque.

“O Irão vai regressar em pleno aos mercados nos próximos meses e os preços atuais já sentiram o efeito. Mas o Irão não tem de se preocupar com o preço. Os países que produziram demasiado petróleo e se aproveitaram da ausência do Irão é que devem estar preocupados” – afirmou o responsável máximo pela pasta do petróleo, Bijan Namdar-Zanganeh.

O problema do Irão reside na capacidade de produção a longo prazo porque as infraestruturas petrolíferas estão deterioradas devido à falta de investimento.

“O que temos para oferecer de forma a aumentar a produção e regressar ao mercado é possível com recurso às nossas reservas. A prioridade para o Irão é aumentar a produção e investir na indústria petrolífera de forma a recuperar dos estragos do passado. Esta pode ser uma prioridade para o investimento estrangeiro que é feito numa perspetiva de longo prazo” – explica o jornalista económico Ali Pakzad.

“Com o levantamento das sanções, o mercado iraniano tornou-se atrativo para o investimento estrangeiro. As sanções deixaram de ser uma questão, agora são os problemas económicos do país que se podem tornar um obstáculo para a cooperação com as companhias e as instituições internacionais” – conclui o correspondente da euronews em Teerão, Javad Montazeri.

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