A mestria na juventude de Jan Lisiecki

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Tem apenas vinte anos, mas uma maturidade surpreendente ao piano, como o Musica comprovou em Filadélfia, onde Jan Lisiecki tocou Beethoven.

Tem apenas vinte anos, mas uma maturidade surpreendente ao piano, como o Musica comprovou em Filadélfia, onde Jan Lisiecki tocou Beethoven.

O Concerto Número Quatro para Piano de Beethoven ecoou de forma magnética no Centro Kimmel, em Filadélfia. Acompanhado pelo maestro Yannick Nézet-Séguin, o jovem pianista Jan Lisiecki, canadiano de origem polaca, que o mundo viu passar de criança prodígio a talento de exceção, conseguiu mais uma vez surpreender a plateia.

“É uma música que nos recebe na sua intimidade, no seu ambiente. A peça transporta-nos numa viagem que começa num local maravilhoso, leva-nos a lugares muito sombrios, mas termina num sítio feliz”, diz-nos Lisiecki, acrescentando ainda que “no mundo atual, as pessoas precisam de música para se protegerem. Somos tão bombardeados pelas notícias, pelo que devemos ou não fazer, que ir a uma sala de concertos deveria ser como ir a um santuário, onde nos podemos purificar, ter um momento de reflexão e sair renovados.”

A cumplicidade no palco é outro elemento que destaca: “Tem de haver espontaneidade, mas também alguma racionalidade. As melhores performances são aquelas em que o equilíbrio entre os dois acontece naturalmente. Surge-nos uma ideia que vamos comunicando com o maestro e a orquestra. Eu e o Yannick partilhamos a alegria de viver e a alegria de tocar música. Abordamos as coisas com alegria, nada é uma obrigação. E é isso que transmitimos quando estamos no palco. Entramos e saímos com um sorriso.”

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— Yannick Nézet-Séguin (@nezetseguin) 17 Janvier 2016

A colaboração com o maestro canadiano faz com que este explique a maturidade musical de Jan desta forma: “A pureza, a clareza, a honestidade – ele sempre foi assim, mesmo quando tinha catorze anos. Tecnicamente, também. Ele mal toca no pedal, nunca faz batota, é música no seu estado puro. É fantástico o que ele faz, mas sabemos que, dentro de dez, vinte anos, será ainda mais fantástico”, declara Nézet-Séguin.

O terceiro álbum de Jan Lisiecki com a Deutsche Grammophon, “Schumman”, foi lançado em janeiro de 2016. Foi gravado com a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília, dirigida por Antonio Pappano.

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