FMI diz que os refugiados podem ser a solução

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De  Euronews com Lusa, Reuters
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O aumento do fluxo de refugiados e de requerentes de asilo com destino a países da União Europeia pode ter efeitos positivos na economia dos países acolhedores. O Fundo Monetário Internacional fez as

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A chegada massiva de refugiados pode ter um impacto positivo na economia europeia. Pelo menos é o que defende um estudo do Fundo Monetário Internacional sobre os “Desafios Económicos da Vaga de Refugiados na Europa.” E os mais beneficiados, pode ler-se, vão ser os países que mais abrirem as fronteiras.

O FMI alerta a Europa para o “importante desafio” que o afluxo de migrantes representa para os mercados de trabalho e para os sistemas políticos. Admite que a riqueza produzida nos países europeus devido aos refugiados é “modesta” e que em 2015 se situou na ordem dos 0,05 por cento. Nos próximos anos, a vaga de migrantes deve provocar um crescimento “ligeiro” do Produto Interno Bruto. As previsões para 2016 apontam para 0,09 por cento e 0,13 pontos percentuais no próximo ano.

IMF study on EU refugees: To address humanitarian emergency, improve capacity to receive/process help asylum seekers https://t.co/th6OGIAb6O

— IMF (@IMFNews) January 20, 2016

Segundo o documento, o impacto na economia dos países acolhedores vai depender da integração dos refugiados. Para que possam sentir os efeitos positivos, o FMI aconselha os países a acelerarem os mecanismos de integração no mercado de trabalho. De acordo com a instituição, estes esforços podem “desbloquear os potenciais benefícios económicos de longo prazo.”

Rough start to 2016? Let’s look at the numbers. WEO growth forecasts for regions and countries. #WEOpic.twitter.com/nEokPN1vML

— IMF (@IMFNews) January 19, 2016

O FMI acrescenta que o aumento do fluxo de refugiados e de requerentes de asilo com destino a países da União Europeia pode aliviar os problemas demográficos da Europa que tem poucas crianças e muitos idosos. Os analistas lembram que os refugiados se estão a dirigir para países com uma baixa taxa de desemprego – como, por exemplo, a Alemanha – e não para os países mais afetados pela crise económica e financeira dos últimos anos. Ora, neste sentido, seria de esperar que os efeitos positivos se fizessem sentir nas economias mais fragilizadas e não nas que mais crescem. Lembram, ainda, que o problema do envelhecimento da população – e baixa taxa de natalidade – está ligado ao fenómeno da emigração originado pela falta de oportunidades, cortes salariais e supressão de postos de trabalho. Um cenário que o FMI e os portugueses conhecem bem.

A Portugal chegam, esta quinta-feira, mais dois refugiados aumentando para 26 o número de pessoas acolhidas em território nacional, ao abrigo do Programa de Relocalização da União Europeia. Cerca de 4.500 refugiados devem chegar ao território nacional até 2017.

Mais de um milhão de migrantes chegou à Europa em 2015, a maioria refugiados da guerra na Síria.

As of 15 January over 55% of those arriving in #Europe are women + children https://t.co/4OnadsguZ1pic.twitter.com/xZdVeUeSOr

— UN Refugee Agency (@Refugees) January 21, 2016

Um número que vai continuar a aumentar

Nearly four million migrants will come to Europe – IMF https://t.co/Ij1iFvm74Y

— Telegraph News (@TelegraphNews) January 20, 2016

A Agência das Nações Unidas para Refugiados multiplica os apelos

We appeal not only to governments but to each of you to speak out & help end #SyriaCrisishttps://t.co/lLYP7HItUxpic.twitter.com/M1YnD9JxvM

— UN Refugee Agency (@Refugees) January 21, 2016

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