Uma “traição à nossa humanidade comum”: foi desta forma que a Amnistia Internacional definiu a reforma da lei do asilo na Dinamarca, aprovada numa
Uma “traição à nossa humanidade comum”: foi desta forma que a Amnistia Internacional definiu a reforma da lei do asilo na Dinamarca, aprovada numa votação que a ONG classificou de “mesquinha”.
Para além de atrair uma nova vaga de críticas, o voto semeou o medo entre os refugiados em território dinamarquês.
Num centro de asilo de Hellerup, a norte de Copenhaga, um sírio pergunta “quem pode viver três anos sem os filhos?” e diz que quando fala com eles “por telefone, eles choram e perguntam porque os deixou”.
O diretor da Amnistia Internacional para a Europa e Ásia Central afirma que se trata de “uma triste reflexão de como a Dinamarca se afastou do apoio histórico às normas internacionais da Convenção dos Refugiados”.
Outro requerente de asilo no centro de Hellerup, um afegão, diz que a decisão dos deputados dinamarqueses provoca “tensões e preocupação. Será preciso muito tempo para que cada caso seja analizado e eventualmente aprovado. Ao dificultarem as regras, todas as pessoas se sentem preocupadas e pressionadas”.
O projeto de lei, designado “L87”, foi acusado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados de alimentar “o medo e a xenofobia”.